O governo dos EUA decidiu, nesta semana, recuar e retirar o porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower, enviado ao Mar Vermelho para combater as operações das Forças Armadas do Iêmen em apoio a Gaza.
O Eisenhower retornará a Norfolk, no estado da Virgínia, conforme aponta o serviço de notícias do Instituto Naval dos EUA.
Segundo os relatórios apontados afirma-se que o navio de guerra seria substituído por um porta-aviões que operaria no Pacífico, o USS Theodore Roosevelt.
A decisão ocorre após o enfrentamento histórico protagonizado pelas Forças Armadas do Iêmem que impuseram uma importante derrota aos norte-americanos, que visavam por meio do porta-aviões conter os avanços dos grupos de resistência contra o Estado sionista de “Israel”. No início de junho, o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, Brigadeiro General Yahya Saree, confirmou que o USS Eisenhower sofreu dois ataques organizados pela resistência em um período de menos de 24 horas.
Na ocasião, o jornal Al Mayadeen descreveu que “o porta-voz do Brigadeiro General das Forças Armadas do Iêmen, Yahya Saree, anunciou na quarta-feira uma operação realizada pelas Forças Navais contra o destróier americano USS Mason no Mar Vermelho. De acordo com Saree, vários mísseis antinavio foram usados para atingir diretamente a embarcação.”
Durante os eventos a marinha e as forças de mísseis do Iêmen também conduziram uma operação conjunta contra o navio Destiny no Mar Vermelho, realizando um ataque direto.
“Comentando o anúncio, o vice-ministro das Relações Exteriores do governo de Sanaa, Hussein al-Ezzi, considerou a retirada do Eisenhower do Mar Vermelho um sinal positivo, seja para manutenção ou para uma mudança permanente”, apura o jornal Al Mayadeen.
Na sua conta no X, al-Ezzi também prometeu que o Roosevelt não se sairia melhor do que o Eisenhower, que já foi significativamente danificado. Além disso, o vice-ministro exigiu que os EUA, o Reino Unido e aos seus aliados saiam imediatamente, e parem com a militarização do Mar Vermelho.
Após quase oito meses no Oriente Médio, a missão dada ao porta-aviões norte-americano foi um completo fracasso. Os Estados Unidos iniciou a operação com a promessa de intimidar os exércitos de resistência contra o Estado sionista, no entanto, a ação histórica dos Houthis, que deflagraram guerra contra “Israel” foi responsável por inviabilizar totalmente a operação imperialista.
Segundo o informe de Pet Ryder, os Houthis lançaram cerca de 60 ataques contra embarcações na região desde o início do conflito entre Israel e Hamas
O anúncio do retorno do Eisenhower aos EUA ocorreu no mesmo dia em que os Houthis reivindicaram um ataque contra o porta-aviões.
Esta ação demonstra a fragilidade do imperialismo norte-americano diante do crescimento da crise na região. Após dura derrota para o Afeganistão, na Ucrânia, e com graves consequências sendo sofridas desde o 7 de outubro organizado pelo Hamas, os EUA apresentam sérias dificuldades de fornecer a estabilidade necessária para “Israel” atacar o povo palestino.
Com a saída do porta-aviões e a sua substituição, o imperialismo dá um novo sinal da enorme derrota que vem sofrendo graças as ações revolucionárias como Hamas, Hesbolá e Houthis.