O jornal Pleno News publicou um artigo do articulista Lawrence Maximus para atacar o Partido da Causa Operária (PCO), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe). Todos esses são considerados “terroristas” e “psicopatas” pelo colunista, cuja descrição diz:
“Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.”
As credenciais não são muito boas. Além do pedantismo acadêmico, Maximus é um sionista, formado pela ONG israelense StandWithUs. Por isso, ele decidiu publicar uma matéria — sem argumentos, apenas ataques — contra os que são contrários ao extermínio do povo palestino promovido por “Israel” na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
O motivo da matéria é a recente campanha anunciada pelo PCO, que publicou 100 mil panfletos da campanha O Hamas conta o seu lado da história, nos quais são divulgadas as entrevistas feitas pela delegação do Partido, que se encontrou com a liderança política do Hamas em Doha (Catar) em fevereiro deste ano.
Nesse ataque, sobrou para Lula. Maximus diz: “dizem que o comunismo é o paraíso dos psicopatas, podemos concluir que o Brasil é o hospício. Afirmo isso, porque, no Brasil, além do presidente antissemita, ‘persona non grata’ pelo governo de Israel, uma comitiva do Partido da Causa Operária (PCO) liderada pelo presidente nacional, visitou Ismail Haniyeh, líder do Hamas, idealizador do ataque terrorista de 7 de outubro. Portanto, temos um governo antissemita e pró-terrorista”.
Além da declaração de que o comunismo seria o “paraíso dos psicopatas” ser tipicamente fascista, como não poderia ser diferente, vindo de um apoiador de “Israel”, Maximus utiliza a famosa tática de acusar aqueles que são contra o genocídio promovido pelos israelenses de “antissemita”. Ele ignora, no entanto, que, no mundo inteiro, especialmente nos EUA e em “Israel”, há diversos judeus antissionistas, que consideram que a política de “Israel” nada tem a ver com o judaísmo. Se fosse uma pessoa séria, Maximus deveria explicar como se dá esse fato. Afinal, esses judeus são, eles próprios, antissemitas? Eles odeiam eles mesmos?
Em segundo lugar, ele afirma que o Hamas é um grupo terrorista, algo que não é reconhecido pela maioria dos países do mundo, nem pelo Brasil e nem pela ONU. Não que as Nações Unidas tenham autoridade para reconhecer qualquer coisa, mas fato é que os sionistas são contrários, inclusive, ao direito burguês internacional.
Para reforçar os ataques, o colunista propaga as calúnias contra o Hamas, inventadas por “Israel”: “o fatídico 7 de outubro, o massacre do grupo terrorista Hamas no sul de Israel, orquestrando uma orgia de violência que resultou em mais de 1.200 mortos e cerca de 8 mil feridos. Mais de 200 israelenses – entre eles mulheres e crianças, bem como mais de uma dúzia de americanos – foram arrastados de volta para Gaza como reféns – consolidou que o Brasil é o paraíso dos psicopatas – um verdadeiro hospício a céu aberto”.
A falta de estilo na escrita mostra a mediocridade do papagaio sionista. Porém, refutemos os argumentos: a Operação Dilúvio de al-Aqsa é chamada pelo sionista de “massacre” que teria resultando em “uma orgia de violência”, com a morte de 1.200 israelenses e mais de 200 reféns.
Isso é simplesmente mentira em estado puro. Primeiro, a operação militar da resistência palestina visou militares. Em uma operação como essa, claro, pode haver baixas civis, como, de fato, ocorreu, mas foi uma orientação explícita de Mohamed Deif, comandante da operação e líder das Brigadas Al-Qassam (Hamas), no dia 7 de outubro, para que não fossem atacados idosos, mulheres e crianças — ao contrário do que “Israel” faz com os palestinos.
Ademais, a maioria dos civis israelenses que morreram no dia da operação faleceram sob as balas e bombas de “Israel”. O país tem um protocolo chamado “Hannibal”, no qual as Forças de Ocupação de “Israel” orientam seus efetivos a atirarem contra seu próprio povo para não serem feitos reféns. Diversas reportagens jornalísticas já desmentiram as inúmeras mentiras inventadas por “Israel” sobre a Operação Dilúvio de al-Aqsa e o Hamas — como os “bebês decapitados”, os “estupros”, etc.
Quer dizer, a operação militar da resistência palestina foi minuciosa, atingindo majoritariamente alvos militares, enquanto “Israel” matou sua própria população. A “orgia de violência” simplesmente não aconteceu, nem o dito “massacre”.
Ao contrário, quem atua como terrorista, quem promove uma “orgia de violência” e um “massacre” é o Estado de “Israel”. A entidade sionista massacrou cerca de 40 mil palestinos, sendo a maioria mulheres e crianças. Destruiu quase todos os hospitais, escolas e casas da Faixa de Gaza, que sofre com um bloqueio que impede que cheguem medicamentos, alimentos e outros itens de necessidade básica. Massacraram, inclusive, palestinos famintos que estavam na fila de pão de ajuda humanitária.
A verdadeira entidade terrorista, portanto, não é o Hamas e os outros grupos da resistência, que reagem a anos de opressão, violência, limpeza étnica e genocídio; mas o Estado de “Israel”, que promove o pior massacre desde a Segunda Guerra Mundial, comparando-se com a Alemanha de Hitler.
O colunista diz que “o PCO planeja distribuir 100 mil panfletos em defesa do grupo terrorista Hamas, juntamente com material impresso que convoca pessoas para uma manifestação pró-Palestina no próximo dia 30 de junho, em São Paulo”. Na verdade, 100 mil panfletos é apenas a primeira leva dos panfletos que divulgam a verdade sobre o Hamas e a operação de 7 de outubro; o PCO está, nesse exato momento, distribuindo 200 mil panfletos convocando o Ato Nacional em Defesa da Palestina do dia 30 de junho na Avenida Paulista (São Paulo-SP).
O PCO levará milhares de pessoas às ruas e colocará a defesa do Hamas e de todos os grupos que lutam contra o nazismo dos sionistas.
Sobre os panfletos sobre o Hamas, o colunista sionista diz: “defensor do grupo terrorista Hamas, o partido de extrema-esquerda, afirma que a ação busca mostrar o ‘lado da história’ do grupo após a invasão ao território de Israel no último dia 7 de outubro”. É verdade, e é por isso que Maximus acusa o PCO de antissemita — crime (arbitrário) de racismo: quer censurar o Partido por desmentir as mentiras sionistas.
Sobre o PCO, ele diz: “esses psicopatas do PCO, partido expulso do PT em 1992, encabeçado pelo presidente nacional, Rui Costa Pimenta – candidato à Presidência da República fracassado – por três vezes, fundamentam-se da ideologia trotskista. Sistema político comunista, revolucionários bolcheviques e bajuladores do Exército Vermelho”.
Primeiro, precisamos dizer que o senhor Lawrence Maximus é um ignorante, que não pesquisa nada para escrever, por isso suas matérias são grotescas. O PCO foi expulso em 1990. Segundo, ele elogia o Partido: o PCO é comunista, tem os revolucionários bolcheviques como modelo e acha a criação do Exército Vermelho por Leon Trótski um dos maiores e melhores feitos da humanidade.
Ele conclui que os militantes do PCO “não passam de adoradores da morte”. O cinismo é escancarado; acusa a militância da organização trotskista do que ele é efetivamente: um adorador da morte, um apoiador de um dos piores genocídios da história, um defensor do Estado mais racista da atualidade.