O trabalho de articulação com os diversos movimentos para o grande ato nacional do dia 30 de junho, em defesa do povo palestino, que será realizado em São Paulo, tem uma importância decisiva no sentido de alterar a situação dos movimentos no Brasil. “O País tem potencial para se tornar uma vanguarda na luta mundial em defesa do povo palestino”, ressaltou Antônio Carlos Silva, dirigente nacional do Partido da Causa Operária (PCO).
Silva destacou que foram feitas reuniões com diversos setores que manifestaram interesse em participar do ato, sendo um deles a Frente Nacional de Luta (FNL). “Nós visitamos os seguintes assentamentos da FNL em Brasília: Nelson Mandela, Dandara, Dez de Junho e Margarida. No último sábado, estivemos no assentamento Dez de Junho”, explicou o dirigente. Eles foram receptivos à visita e à proposta de organização de um núcleo de pessoas dos quatro acampamentos para estarem presentes no evento. “Estamos aguardando o envio dos nomes, mas já se comprometeram a enviar pelo menos dez pessoas de cada assentamento, podendo ampliar esse número”, acrescenta.
“A participação desse setor é crucial, destacando-se a presença significativa de mulheres e crianças, o que reforça a importância do ato diante dos acontecimentos na Faixa de Gaza, onde os assassinatos são frequentemente direcionados a esses grupos vulneráveis”, enfatizou Antonio Carlos Silva.
“A taxa de confirmação para o ato em São Paulo é alta, com quase oitenta por cento das pessoas contactadas confirmando presença”, destacou o dirigente. A mobilização está sendo coordenada por militantes do PCO e dos Comitês de Luta, que organizam caravanas de diversas localidades do interior do estado, como Ribeirão Preto, Araraquara, Sorocaba, Marília, Bauru, Embu das Artes e Campinas. Qualquer pessoa dessas regiões pode se juntar às caravanas para participar da manifestação.
“A convocação tem sido eficiente, com críticas diretas à convocação mal feita de atos anteriores em São Paulo. Há interesse de pessoas em organizar caravanas em suas cidades, reconhecendo a importância do evento para impulsionar a mobilização em defesa da Palestina no Brasil”, sublinha Silva.
Os preparativos para o ato nacional estão em curso, com diversas atividades, plenárias, debates e palestras com grupos importantes. “A iniciativa já recebeu o apoio de cerca de cem entidades, comitês, sindicatos e organizações, reunindo uma ampla gama de representantes da esquerda, incluindo partidos como PCO, PT, PCdoB e PSOL, além de parlamentares como o deputado federal Jilmar Tatto e a deputada e vice-presidente do PT de São Paulo, professora Bebel”, menciona Antonio Carlos Silva. Movimentos sindicais como a APEOESP e diversos sindicatos estaduais também se juntaram à causa.
“A mobilização visa quebrar a paralisia diante dos acontecimentos decisivos na luta palestina contra a política genocida do imperialismo, liderada pelos Estados Unidos e outras potências”, argumenta o dirigente d o PCO. A união em defesa das reivindicações fundamentais do povo palestino é crucial, especialmente no contexto dos bombardeios que já vitimaram milhares de pessoas na região.
“Há um reconhecimento crescente de que uma postura passiva ou meramente solidária não é suficiente. O Brasil possui um papel crucial na mobilização internacional e é fundamental tomar iniciativas nesse sentido”, explica Antonio Carlos Silva. A mobilização une os principais grupos da esquerda, setores do movimento sindical e da sociedade civil, buscando superar a confusão e a paralisia que cercam o tema. “Este é um momento crucial para mobilizar trabalhadores e explorados de todo o mundo em solidariedade ao povo palestino”.