Na última semana, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho apareceu na imprensa tecendo duras críticas à Seleção Brasileira, afirmando que os jogadores não jogavam com vontade pela Seleção e que o futebol brasileiro havia perdido sua magia. No final, tudo não passava de uma brincadeira.
No entanto, dessa anedota, pode-se tirar algumas conclusões interessantes sobre o atual momento da Canarinho. Em primeiro lugar, diferente do que a imprensa burguesa afirma, não é verdade que a Seleção Brasileira tenha perdido seu brilho e protagonismo. Essa história vem de muito tempo atrás, e, ano após ano, a Seleção desmente essa ideia.
Para se ver que a imprensa burguesa tradicionalmente joga contra a Seleção, podemos recorrer a Nelson Rodrigues, que denunciava o “espírito de vira-lata” brasileiro. Essa ideia de Rodrigues casa perfeitamente com o futebol, pois, desde sempre, a imprensa burguesa, que é um tentáculo do imperialismo, ofende e rebaixa a moral da Seleção.
Entretanto, fato é que a imprensa burguesa e o imperialismo, como um todo, fazem uma enorme pressão para que os craques brasileiros deixem de lado o futebol arte. O drible, o sarro dentro de campo, a marra, as atitudes rebeldes dos grandes etc. sempre foram alvo de críticas. Se um jogador demonstra todo seu talento dando uma pedalada ou um lençol no adversário, ele será criticado pelo “jeito moleque” e “pouco compromissado”. E essa crítica é especialmente feita ao jogador brasileiro, pois é quem tem talento para tal.
O que eles pregam é um jogador ao estilo europeu, um futebol burocrático, chato.