Juca Kfouri atacou novamente o craque da Seleção Brasileira, Neymar. Em artigo na Folha de S.Paulo, o articulista da família Frias (golpistas que apoiaram a ditadura militar e representam os interesses do imperialismo no Brasil) buscou utilizar Vinícius Júnior para se opor ao maior artilheiro — em jogos “oficiais” — da Canarinho.
Primeiro, Kfouri diz que “a seleção brasileira sofre há muito de desamor e falta de vínculos com a torcida”, e aponta que “a participação de Neymar nisso é notória, principalmente entre os setores mais esclarecidos da sociedade”. Sejam lá quem forem os “setores mais esclarecidos da sociedade” — talvez Kfouri e seus amigos da imprensa golpista — fato é que a afirmação é uma mentira.
Ao contrário do que ele afirma, Neymar é a grande personalidade que faz populações do mundo inteiro torcerem pela Seleção Brasileira, e é o ídolo de uma geração de jovens que torcem e veem em Neymar — como, de fato, é — o coração do escrete brasileiro. Portanto, não dá para culpar Neymar pelo “desamor e falta de vínculos com a torcida”. Na verdade, quem estimula isso é a própria imprensa golpista na sua campanha venal contra a seleção.
Segundo, Kfouri diz que “fosse ele (Neymar) um jogador solidário na seleção, alguém que jogasse coletivamente, sem a marca do cai-cai desde a Copa do Mundo na Rússia, as preferências fora do campo dele talvez passassem ao largo”. A “marca do cai-cai” é uma grande idiotice, tratando-se do jogador que mais sofre faltas no mundo, a queda é um sistema de autodefesa (sempre usado pelos craques). Agora, culpar Neymar por não jogar coletivamente é uma grande calúnia; Neymar é o jogador que mais deu assistências para gol em todas as seleções do mundo.
Terceiro, não bastando os ataques infundados sobre o jogador, Kfouri parte para os ataques contra a pessoa, acusando-o de impor “seu modo egoísta de ser”, de “submeter Tite à sua dependência” e “protagonizar cenas lamentáveis como número 1 do time da CBF, em manifestações explícitas de novo-riquismo babaca e brega, ostentatório”. “Nada mais ridículo e revelador da pobreza interna do que a exposição da riqueza externa”, afirmou, como se isso importasse alguma coisa.
Neymar deve ser julgado pelo que faz dentro de campo, mas os ataques pessoais servem para a campanha venal de Kfouri para tentar rachar o escrete nacional. Por isso, ele opoem a atitude supostamente ruim de Neymar a Vinícius Júnior: “Vinicius Junior, a par de ser excelente jogador, não ainda do nível de Neymar, abraçou de corpo e alma a luta antirracista, a ponto de levar à condenação três cretinos espanhóis em Valência”.
Pelo menos, Kfouri, com alguma noção, não tenta invetar que Vini seria um melhor jogador que Neymar. No entanto, ele elogia a atitude “antirracista” de Vini. Mais uma vez, Vini deve ser julgado pelo o que faz dentro de campo, o que, de fato, o coloca, hoje, entre um dos melhores jogadores do mundo. Por outro lado, a “luta antirracista” de Vini é uma farsa. Infelizmente, o jogador, vítima dos ataques dos europeus, tem sido usado pela imprensa imperialista para impulsionar a política identitária. Nesse sentido, fôssemos julgar Vini enquanto pessoa, também teríamos de criticá-lo.
Depois, Kfouri expõe a tese absurda de que a Seleção deve abrir de seu melhor jogador, Neymar, para Vini florescer. “Para que Vini floresça, será preciso dar a ele as condições que tem no Real Madrid, e por aí passará a difícil, e improvável, decisão de Dorival Júnior em prescindir de Neymar, que tampona o madridista”, declarou, em uma das afirmações mais idiotas que já vi.
Ao contrário, a melhor forma de Vini evoluir é colocando um mega craque como Neymar para jogar com ele, distribuindo-lhe passes, etc.
“Neymar chega a 2024 como indesejado para a renovação necessária à seleção. Neymar é o retrato de um tempo a ser esquecido, sombrio, triste, individualista, deprimente mesmo. Vini é a esperança de redenção, de liderança positiva, coletiva, de alguém que sabe ser o futebol mais que um jogo, uma imitação da vida. Ele não tem as características do ‘uomo-squadra’, como definem os italianos, mas, de tão decisivo, pode ser protagonista se bem utilizado e servido”, conclui.
Kfouri, a serviço dos Frias, atua para atacar a Seleção Brasileira.