A Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral (FPLP-CG) é uma organização militante palestina que desempenhou um papel significativo na luta pela libertação da Palestina desde a sua fundação, em 1968. Originária de uma divisão interna na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), a FPLP-CG tem sido uma força importante na resistência armada contra a ocupação israelense, comprometida com a luta pela libertação total da Palestina.
A organização foi fundada por Ahmed Jibril, um ex-oficial do exército sírio, após se desentender com a liderança da FPLP. Jibril, nascido em 1938, na Palestina, acreditava na necessidade de uma abordagem mais direta e militarizada para a luta pela libertação palestina, o que levou à criação do Comando Geral como uma organização separada.
A fundação da FPLP-CG ocorreu em um período de grande agitação no Oriente Médio, logo após a Guerra dos Seis Dias de 1967, que resultou na ocupação israelense de Jerusalém Oriental, Cisjordânia, Gaza, e outras áreas. Esse período foi marcado por uma intensificação da luta armada palestina, com várias forças surgindo e buscando diferentes estratégias para alcançar seus objetivos.
A FPLP-CG é uma organização que se considera marxista-leninista e que advoga a luta armada como o principal meio de libertação. A organização tem um forte componente militar, com uma estrutura hierárquica e disciplinada. A ideologia da FPLP-CG é influenciada pelo nacionalismo árabe e pelo marxismo, defendendo a unidade dos povos árabes e a luta contra o imperialismo e o sionismo.
A liderança de Ahmed Jibril foi central para a organização, mantendo uma aliança próxima com a Síria e recebendo apoio significativo de Damasco. Essa relação permitiu à FPLP-CG operar bases na Síria e no Líbano, facilitando suas operações militares contra “Israel”.
Ao longo de sua história, a FPLP-CG esteve envolvida em numerosas operações militares e ataques contra alvos israelenses. Entre suas ações mais notáveis estão:
Ataques de Comandos e Sequestros: A FPLP-CG realizou vários sequestros de aeronaves e ataques de comandos. Um dos incidentes mais conhecidos foi o sequestro de um avião da El Al em 1968, que demonstrou a capacidade e a determinação do grupo em levar a luta para além das fronteiras da Palestina.
Operações Transfronteiriças: Utilizando bases no Líbano e na Síria, a FPLP-CG lançou ataques transfronteiriços contra forças e assentamentos israelenses. Essas operações eram projetadas para infligir danos e manter a pressão sobre Israel.
Aliança com Outras Facções: Embora tenha operado de maneira independente, a FPLP-CG manteve alianças táticas com outras facções palestinas e movimentos de resistência, participando de operações conjuntas e conferências para coordenar esforços na luta comum contra “Israel”.
A FPLP-CG enfrentou intensa repressão por parte de “Israel” e outras potências regionais. Suas bases no Líbano foram alvo de ataques aéreos e operações militares israelenses, especialmente durante a Guerra Civil Libanesa e as invasões israelenses ao Líbano em 1978 e 1982. Além disso, a organização teve que lidar com desafios internos, incluindo disputas de liderança e pressões políticas de seus patrocinadores regionais.