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Genocídio na Palestina

‘Israel’ faz ataque com ajuda dos EUA e assassina 210 em Gaza

Exército sionista se infiltrou em campo de refugiados, bombardeou Gaza e fugiu, por meio do píer norte-americano, com quatro prisioneiros feitos pelo Hamas

Segundo o Gabinete de Comunicação Social de Gaza, 210 palestinos foram assassinados e mais de 400 ficaram feridos devido a bombardeios feitos pelo exército israelense contra o campo de refugiados de Nusseirat e outros locais na parte central de Gaza nesse sábado (8). Segundo testemunhas, os ataques, feitos por terra, mar e céu, se concentram, além de Nusseirat, em Deir el-Balah, em casas a oeste da cidade de Rafá e em várias áreas da Cidade de Gaza, mais ao norte.

“Explosões estão acontecendo a cada minuto. Ambulâncias estão transferindo os feridos para o hospital onde estamos presos. É um caos dentro do hospital. Há crianças entre os feridos”, afirmou Hind Khoudary, correspondente da emissora catarense Al Jazeera.

O Ministério da Saúde de Gaza confirmou a informação, afirmando que um “grande número” de mortos e feridos estão chegando no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa. A pasta ainda ressalta que a maioria consiste em mulheres e crianças.

“Dezenas de feridos estão caídos no chão e as equipas médicas estão tentando salvá-los com as capacidades médicas básicas que têm disponíveis”, afirmou o Ministério, acrescentando que faltam medicamentos e alimentos e que o seu gerador principal deixou de funcionar por falta de combustível, consequência do bloqueio que a ocupação sionista impõe sobre Gaza.

Reforçando o relato da correspondente da Al Jazeera, a Dra. Tanya Haj-Hassa, pediatra que trabalha para o Médicos Sem Fronteira (MSF), descreveu o que está acontecendo no hospital como um “completo banho de sangue”. “As imagens e vídeos que recebi mostram pacientes caídos em poças de sangue… seus membros foram arrancados”, disse à Al Jazeera.

Os relatos da doutora são um retrato fiel das monstruosidades cometidas pelo Estado nazista de “Israel” no hospital, a qual ela afirma parecer “um matadouro”:

“É assim que se parece um massacre […] Significa pais correndo por aí cuidando de seus filhos que têm sangue escorrendo pela cabeça tentando encontrar um médico para tratá-los. Mas é tão caótico e há tantos pacientes que superam em muito a capacidade dos serviços de saúde para cuidar deles”, disse.

Cabe ressaltar que o massacre desse sábado ocorreu em seguida de outro massacre perpetrado por “Israel” em Gaza na última quinta-feira (6). Na ocasião, o exército sionista assassinou cerca de 40 pessoas que estavam abrigadas em uma escola gerenciada pela Organização das Nações Unidas (ONU) também em Nusseirat.

Segundo informações da emissora libanesa Al Mayadeen, uma força especial israelense se infiltrou no campo de refugiados de Nusseirat. Os soldados sionistas se disfarçaram de trabalhadores que estavam distribuindo ajuda humanitária e utilizaram caminhões que transportam esse tipo de recurso para capturar quatro prisioneiros que haviam sido feitos pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) durante a deflagração da operação Dilúvio de Al-Aqsa.

Relatos dão conta de que quando a resistência palestina descobriu a infiltração sionista, iniciou-se um duro confronto armado entre as organizações da resistência e o exército israelense. Foi nesse momento que “Israel” começou os bombardeios que assassinaram centenas de pessoas em poucas horas.

Então, o exército israelense teria escapado por meio do píer que o governo dos Estados Unidos construiu na costa de Gaza. Sabendo que, tratando-se de uma estrutura que tinha o objetivo declarado de fornecer ajuda humanitária à população palestina, não seria atacado pelo Hamas.

Um vídeo mostra o instante em que um helicóptero israelense parte do porto, comprovando a utilização da estrutura para a operação sangrenta de “Israel”:

O jornalista Barak Ravid afirmou, por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter), que um oficial do exército norte-americano confirmou que uma força especial dos Estados Unidos também participou do ataque israelense contra Gaza no âmbito do resgate dos prisioneiros.

Este píer foi construído pelo governo Biden sob o pretexto de ser um corredor humanitário marítimo para a chegada de ajuda humanitária a Gaza. Desde que sua construção foi anunciada, entretanto, a resistência palestina denunciou que, por detrás do cais, estão interesses escusos do imperialismo norte-americano.

“O cais destina-se a encobrir o apoio de Washington ao Estado de ocupação com armas… As conversas internacionais e regionais sobre a introdução de ajuda não tiveram impacto real na fome na Faixa [de Gaza]”, afirmou o Hamas no mês passado.

Segundo Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, “Israel” também assassinou alguns dos prisioneiros israelenses feitos pelos combatentes palestinos durante o ataque deste sábado:

“O que o inimigo sionista levou a cabo na área de Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza, é um crime de guerra agravado, e os primeiros a serem prejudicados por ele são os seus cativos.

O inimigo conseguiu libertar alguns dos seus cativos cometendo massacres horríveis, mas, ao mesmo tempo, matou alguns deles durante a operação.

A operação representará um grande perigo para os cativos do inimigo e terá um impacto negativo nas suas condições e vidas”, disse

‘Israel’ faz ataque com ajuda dos EUA e assassina 210 em Gaza

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