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Análise Política da Semana

No dia internacional da liberdade de imprensa, censura é destaque

"Poucas vezes na história da humanidade a liberdade de imprensa foi tão agredida com está sendo agora", declarou Rui Costa Pimenta ao analisar situação das liberdades democráticas

Esta semana, ocorreu o dia internacional da liberdade de imprensa. E, mais uma vez, um ataque a liberdade de expressão aconteceu. A deputada federal Carla Zambeli (PL) venceu o processo contra o jornalista Luan Araújo, que ela perseguiu a mão armada durante a campanha eleitoral de 2022, após acreditar que fora ofendida pelo mesmo. O jornalista foi a uma revista e fez declarações contra a deputada, ela processou-o e ganhou o processo num claro ataque a sua liberdade de expressão.

Quanto a esta questão, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, disse ser uma situação política positiva, apesar do saldo negativo de mais um caso de censura, pois coloca às claras a situação da liberdade de expressão no País:

“Isso é bom para o DCM que fala que o PCO é bolsonarista porque defende a liberdade de expressão, perceber que ‘pau que dá em chico também dá em francisco’. Na realidade vai dar muito mais neles do que em bolsonaristas.”

Fez ainda uma reflexão sobre o dia internacional da liberdade de imprensa e os ataques que esta vem sofrendo não apenas no Brasil, mas também no mundo:

“Poucas vezes na história da humanidade a liberdade de imprensa foi tão agredida com está sendo agora. Toda a imprensa russa foi proibida na União Europeia. Se é russo não pode ter acesso a UE. Todos os órgãos que são um pouco maiores em termos de imprensa internacional, como Al Jazeera, em vários lugares também é proibido. Falam que a censura aos russos é devido à guerra na Ucrânia, mas a imprensa sionista não é proibida.

Esses casos da Al Jazeera e dos russos são os casos mais marcantes, mais evidentes. Mas, na verdade, a censura nas redes sociais é enorme. Todos os nossos canais no YouTube foram desmonetizados. Podem dizer que é uma empresa privada e faz o que quiser. Mas é um monopólio, e você fica na dependência dele.

É difícil imaginar que tenha havido tanto ataque a censura e a liberdade de imprensa como existe hoje. Mas isso é derivado de outro fenômeno: nunca antes no mundo tivemos tanta informação. Com o barateamento dos meios técnicos, com a Internet, as redes sociais, multiplicaram-se os órgãos de imprensa. Por isso há tanta repressão.

Toda vez que se ampliam as capacidades de comunicação, as classes dominantes passam para uma política de grande censura para controlar esses meios de comunicação.”

México

Rui Costa Pimenta também analisou a questão das eleições no México e a importância da sua caracterização política para a entender a situação não apenas no vizinho mais ao norte da América Latina, mas também no Brasil e no restante do continente. Sendo o México um dos países mais importante da América Latina, juntamente do Brasil e da Argentina, entender o que ocorre no país é de extrema importância.

Parte da esquerda brasileira comemorou a vitória da mais nova presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum, como uma resposta das forças democráticas do continente a extrema-direita. Algumas mais audaciosas chegaram a dizer que com a vitória a extrema-direita estaria isolada no continente, algo que Rui demonstrou ser um grande absurdo ao elencar a situação dos diversos países latino americanos.

A vitória do partido de Lopes Obrador, apesar de aparentar ser a vitória de um partido nacionalista e representante da esquerda, isto é uma grande farsa. Rui Costa Pimenta diz:

“Temos que chamar a atenção que a essa candidata do Lopes Obrador, Sheinbaum, é sionista. Vai falar em governo nacionalista, mas a pessoa é sionista? É uma pessoa que tem relações notórias com o sionismo.

Qual é a verdadeira natureza do processo político mexicano? Para entendermos bem, temos que pegar o que está acontecendo no terreno da economia — que foi o que possibilitou a vitória folgada de Lopes nas eleições. O México está se transformando numa plataforma para as empresas norte-americanas que estão se deslocando da China. Essa é a essência de todo problema. Não é um deslocamento total, pois isso seria um processo gigantesco, é um deslocamento parcial. Diante dos atritos entre EUA e China, uma parte das empresas está vindo para o México. País vizinho, mão de obra barata, aloca-se as empresas na fronteira dos EUA com o México.

É quase uma anexação econômica do México aos EUA. Esse processo permitiu uma situação muito favorável ao imperialismo norte-americano no México, que é ter um governo de aparência democrática, mas não é um governo tão democrático. Irá fazer um aceno para setores populares e fazer uma política social, mas também terá uma política muito repressiva. Algo que já se esboçou no governo Lopes Obrador. Aqui temos que colocar um segundo elemento que é um elemento essencial para entendermos o problema do México: o investimento maior do governo Lopes Obrador não foi na questão social, foi nas forças armadas mexicanas.”

Este grande investimento nas forças armadas se deu com um objetivo: combater o tráfico de drogas para os EUA. O México é a maior plataforma do tráfico de drogas para os EUA, produzindo e exportando o produto para o maior mercado consumidor de drogas do mundo. O impacto do tráfico é tamanho que 20% do PIB do México advém desta atividade. Para combater o tráfico, os norte-americanos fizeram um acordo com o México: levariam as suas empresas para o país se este levasse adiante uma operação repressiva contra o crime organizado, que seria levado a cabo pelas forças armadas.

Como Rui aponta: “O que está sendo preparado no México, sob a cobertura de um governo esquerdista, é uma operação tipo Equador e El Salvador”. A repressão aumentará em graus extremados no país, visto que 20% do PIB não é algo que se restrinja apenas às coberturas de luxo, há uma intrínseca ligação com a população mexicana.

Entretanto, a operação levada a cabo no México se diferenciará dos outros dois países latino americanos, pois será feita por um partido de esquerda.

“Uma esquerda que leva adiante uma política pró-imperialista, muitas vezes de direita. É o equivalente quase que preciso, logicamente nunca igual, a Social-Democracia europeia — que são partidos de esquerda pró-imperialista, fazem uma política social, mas a prioridade não é a política social. No que diz respeito a prosperidade, vai vir do imperialismo. O país será completamente tomado pelo imperialismo. O México irá se transformar num terreno de ação econômica do grande capital imperialista”, disse Pimenta.

Assista à análise na íntegra:

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