A catástrofe que atinge o Rio Grande do Sul completou, nos últimos dias, um mês. Desde então, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã de sexta-feira (31), 169 pessoas morreram, 44 estão desaparecidas e 806 se feriram. No total, mais de 2.347.644 pessoas foram afetadas pelas enchentes, que também afetaram um total de 473 municípios gaúchos.
De longe, a cidade mais afetada de todo o território do estado foi Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo dados reunidos no Mapa Único do Plano Rio grande (MUP), desenvolvido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do governo do estado, 80,8% dos domicílios do município foram atingidos pelas águas, afetando um total de 31.964 moradores.
A situação em Eldorado do Sul é totalmente desesperadora. A cidade inteira está coberta de lama, as casas que não foram destruídas estão em péssimas condições, sem energia e sem água.
“A gente pretende ficar aqui né, ajeitar de novo. Fazer o que. Vai pra onde? Não tem dinheiro para pagar aluguel, nada, tem que ficar em casa né”, afirmou dona Cláudia, moradora do município afetada pelas cheias.
Depois de Eldorado do Sul, os quatro municípios mais afetados do Rio Grande do Sul são Muçum (66,3%), Canoas (44%), São Leopoldo (40,7%) e São Sebastião do Caí (36,3%).
