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Universidade Marxista

O maior curso marxista sobre história do Brasil está de volta

Após reforma do Centro Cultural Benjamin Péret, dezenas de alunos participaram do primeiro dia de aula da segunda parte do módulo dois

Nesta quinta-feira (30), no feriado de Corpus Christi, a Universidade de Férias retomou o curso Brasil: 500 anos de história, iniciado em 2022, em homenagem aos 200 anos da independência do segundo país mais importante de todo o continente americano. Interrompido no ano de 2023, após a realização de dois módulos inteiros, o curso sobre a história brasileira era aguardado com muita ansiedade pelos milhares de alunos inscritos.

A quantidade de informações importantes para o debate sobre a história do País é tão grande que surpreendeu até mesmo os seus organizadores. Inicialmente, o curso estava previsto para durar apenas alguns meses, tendo sido dividido em quatro módulos de aproximadamente 20 horas-aula cada. No entanto, na medida em que os temas foram debatidos, o conselho editorial responsável pela Universidade Marxista sentiu a necessidade de aumentar a carga horária de alguns módulos e, no caso do módulo dois, oferecer uma segunda parte, praticamente dobrando a carga horária.

A segunda parte do módulo dois, que tratará desde o período posterior à Independência do Brasil até a Guerra do Paraguai, foi justamente o que teve início nesta retomada do curso. A parte extra está sendo oferecida de maneira 100% gratuita para todos os que já haviam adquirido o segundo módulo do curso, mesmo aqueles que o adquiriram antes de a Universidade Marxista expandir sua carga horária.

A nova etapa está sendo transmitida em tempo real para os inscritos da Universidade Marxista, mas também ficará disponível na plataforma para aqueles que não puderem assistir ao curso no horário em que estiver acontecendo. Além disso, dezenas de pessoas vieram assistir presencialmente à retomada de Brasil: 500 anos de história. O curso está sendo ministrado no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), localizado no centro de São Paulo.

Assim como nos módulos anteriores, a retomada da Universidade Marxista está sendo coordenada pelo seu professor, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta. Militante trotskista há mais de 40 anos, Pimenta é, além de dirigente de um partido político, um intelectual de grande capacidade, tendo ministrado cursos de alto nível sobre os mais diferentes aspectos da atividade humana, como economia, história, filosofia, política e cultura.

Fã de carteirinha da Universidade Marxista, o professor Felipe Rodrigues assistiu a todas as aulas ministradas por Rui Pimenta no curso Brasil: 500 anos de história. “É sempre uma perspectiva interessante que o Rui traz para a gente, que é muito difícil de você ver em outros lugares, que é a perspectiva marxista. Até agora, meu módulo favorito é o primeiro, que tratou do Brasil Colônia. Estou gostando muito desta retomado e ansioso para chegar ao módulo que irá abordar o Brasil contemporâneo”.

Já Calebe Henrique, estudante da cidade de Sorocaba, não vê a hora de começar o terceiro módulo do curso, que discutirá os primeiros anos da República até o estabelecimento do Estado Novo. Animado com a retomada do curso, Henrique destacou a importância de estudar a história do Brasil por meio de “um critério rigoroso, científico, ao contrário da direita tradicional e da esquerda identitária”.

Conforme comentado pelo próprio Rui Pimenta, o curso é parte de uma luta política contra a tentativa de “avacalhar” a história nacional. Nos últimos anos, um movimento impulsionado pela imprensa capitalista e pelas grandes editoras tem procurado apresentar a formação como uma grande tragédia, como um grande crime. Ainda que tenha conseguido cooptar setores da esquerda para essa campanha contra a cultura do País, seu objetivo é inconfessável: o de facilitar a dominação do Brasil dos dias de hoje pelas grandes potências imperialistas.

É por isso que o curso, além de festejar uma importante data histórica, também está diretamente relacionado com a luta atual do povo brasileiro contra os seus colonizadores. Não por acaso, os mesmos que atacam as grandes figuras da história nacional, como Dom Pedro I, e apresentam os grandes eventos, como a Independência do Brasil, como uma “farsa” se calam diante das piores atrocidades praticadas nos dias de hoje, que são aquelas ordenadas pelos Estados Unidos da América.

Para o professor carioca Eduardo Lopes, a primeira aula da retomada do curso lhe chamou a atenção na medida em que voltou a discutir o materialismo histórico como método de análise, o que foi bastante discutido no módulo um. Isto é, o método que “usa as forças materiais, em vez da ideologia, como base para a análise. O companheiro Rui desenvolveu bastante isso na primeira aula”.

Durante três horas, os alunos puderam ter uma primeira impressão sobre o que será discutido na segunda parte do módulo dois e ainda tirar dúvidas sobre o método marxista. Terminada a primeira aula, foi feito um intervalo para almoço, servido no próprio CCBP.

Após comerem um delicioso estrogonofe, os alunos da Universidade Marxista voltaram para a segunda aula, que deu prosseguimento às polêmicas acerca do processo de unificação nacional. Às 18h, a aula acabou, sendo interrompida pelo avançar da hora, mas será concluída amanhã, às 11h, no segundo dia da nova etapa do curso Brasil: 500 anos de história.

“É muito bom ver o CCBP reformado, com o segundo andar pronto para receber cursos”, destacou Uriel Schramm, que faz parte da coordenação da atividade. “Daqui para frente virão mais companheiros, que vão participar dessa etapa do curso, que vai até domingo”.

Ainda dá tempo de se inscrever no mais completo curso marxista sobre a história do Brasil e acompanhar tudo o que será discutido nos próximos três dias! Basta se inscrever em universidademarxista.com.br.

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