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Genocídio na Palestina

Médicos relatam horrores cometidos por ‘Israel’ em Gaza

O sinismo e o imperialismo são capaes de tudo para adiar a derrota inevitavel ante a resistência palestina

Relatos de médicos que atuaram na Faixa de Gaza não deixam dúvidas de que está sendo praticado crime de guerra e genocídio contra o povo Palestino.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipe de médicos de vários países para atender aos feridos pela ação das forças de ocupação do Estado sionista contra o povo palestino.

Ao regressarem para suas casas dizem ficarem em conflito por terem que deixar de atender os feridos e ir embora. “Achei que estava mentalmente preparado”, diz o médico da cidade de Manchester, El-Taji. “Mas o que testemunhamos em Gaza foi além de tudo que eu poderia ter imaginado”, completou.

Este Urologista narra que certa madrugada foi acordado por volta das 2 horas para fazer uma cirurgia urgente, dias após chegar em Rafá.  Ele relata que “um homem na casa de 30 anos foi levado ao hospital sendo encontrado nos escombros do prédio onde morava após bombardeio de ‘Israel’”.

“Ele tinha um ferimento aberto no abdômen, sua mão estava caindo e seus tornozelos estavam completamente mutilados. Nunca tinha visto nada parecido”, disse.

O paciente faleceu dois dias após ter sobrevivido aos ferimentos, por insuficiência renal em decorrência de sepse, uma vez que não havia diálise disponível. “Isso não teria acontecido em um sistema de saúde com recursos adequados”, destacou.

Esses médicos chegaram ao hospital  Khan Iunis com malas cheias de medicamentos, materiais cirúrgicos e chocolates para as crianças.

“Nada, absolutamente nada, justifica o que testemunhamos aqui. As pessoas trazem seus filhos, que estão mortos ao chegar e querem que tentemos ressuscitá-los, mesmo que os corpos não apresentem nenhum sinal de vida. Eles levam os membros de seus filhos mortos em caixas de papelão”, disse o cirurgião ortopédico Mohammed Tahir. 

Esses médicos tinham como um dos principais objetivos ensinar e formar médicos e estudantes em Gaza, e encontraram um verdadeiro apocalipse. Tahir diz que os estudantes palestinos são uns verdadeiros heróis “com as suas universidades destruídas esses estudantes vem até nós em busca de qualquer conhecimento que possamos transmitir para ajudá-los a ajudar outros”. Ainda diz que “são jovens voluntários que não estão sendo pagos, mesmo assim vão trabalhar diariamente tentando sustentar um sistema de saúde falido, exatamente por que nós falhamos com eles”.

A Dra. Laura Swoboda diz “a destruição foi total e diferente de tudo que eu já tinha visto. Corpos em decomposição ainda presos aos escombros. Ao nosso redor podíamos sentir o cheiro da morte”. Ela relatou que viu ambulâncias capotadas, um centro de diálise incendiado, suprimentos médicos espalhados por toda parte e sacos pretos com cadáveres balançando ao vento.

“Encontramos anotações nas paredes das salas de teatro, feitas por médicos que estavam escondidos ali, e por fim encontrei um dedo humano, parecia um filme de horror”, diaaw a Dra. Laura, especialista em feridas de Wisconsin.

O casal de médicos da Califórnia (EUA), Dra. Ahlia Kattan e Dr. Sameer Khan dizem ter deixado seus filhos sob cuidados dos avós para irem para Gaza. A Dra. diz que “um dia foi ao pronto-socorro e estava deitado em uma maca um garoto do tamanho do seu filho de quatro anos, suas mãos cinzentas de bebê estavam se tornando mãos de criança, seu nome era Mahmoud e foi vítima de campanha de bombardeio israelense que deixou mais de 75% do seu corpo queimado. Suas sobrancelhas estavam chamuscadas e seu cabelo cheirava a fumaça”.

Quando ela encontrou as feridas da criança, um ultrassom revelou um braço despedaçado e os pulmões esmagados. “Não tínhamos recursos para salvá-lo e ele morreu na nossa frente, com frio e dor, sem ninguém que o conhecesse” diz a médica contendo as lágrimas. “Eu gostaria de tê-lo protegido. Ele tinha apenas 4 anos”. O casal se perguntou, “o que aconteceria se esses filhos fossem nossos?”

Com o início dos bombardeios em Rafá em maio, por “Israel”, os médicos perceberam que lá já não era seguro e se mudaram para o hospital europeu, onde dormiam no chão. Com pouco combustível a situação do hospital piorou, o gerador parou de funcionar durante as cirurgias e os suprimentos médicos estavam acabando. Assim os médicos voltaram para casa.

O Dr. El-Taji diz que “quando acordei pela primeira vez sem o som dos ataques aéreos e tiros, meus pensamentos imediatamente foram para aqueles de deixei para trás”.

“Não podemos desviar a atenção. Diante de tão imenso sofrimento, todos temos o dever de agir”.

Desde que regressaram para casa, muitos deles expressaram sentimentos contraditórios sobre deixar Gaza.

Os médicos que não puderam partir acabaram virando mártires, como o Dr Adnan al Bursh, morto em consequência das torturas por mãos das forças armadas israelenses no hospital al-Shifa em Gaza. Ele morava em Jabalia no norte de Gaza. 

O mártir al Bursh foi preso pelas forças israelenses em janeiro de 2024 quando desempenhava suas funções no hospital al Auda com sua equipe. Sofreu ferimentos enquanto ainda estava num hospital indonésio aproximadamente 5 meses antes da sua morte. Foi martirizado na prisão de Ofer em 19 de abril de 2024. Seu corpo ainda está retido pelas forças israelenses, conforme matéria da Al Jazeera.

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