Nessa terça-feira (28), a seção do País Basco da Samidoun, Rede Internacional de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos, publicou, em sua conta oficial no X (antigo Twitter), o seguinte comentário sobre o Partido da Causa Operária (PCO) e sua campanha em defesa da Palestina:
“Exemplar a atitude dos camaradas comunistas do Brasil em solidariedade ao povo palestino, sem complexos e sem pensar no ‘o que dirão’ da imprensa sionista”, colocando, abaixo do texto, várias fotos de manifestações convocadas e organizadas pelo PCO em defesa da Palestina.
Além do reconhecimento dado às ações do Partido trotskista desde o dia 7 de outubro de 2023, com a deflagração da Operação Dilúvio de al-Aqsa, a Samidoun destaca um problema importante para a luta em defesa da Palestina no Brasil e no mundo: a pressão feita pelo sionismo e pelo imperialismo.
Finalmente, o imperialismo não precisa fazer uma campanha contra aqueles que favorecem sua política. Nesse sentido, uma organização política que, diante do grotesco genocídio cometido por “Israel” na Faixa de Gaza neste momento, decida não fazer nada, será aplaudida ou, no mínimo, ignorada pelo imperialismo.
Uma organização que decide defender com unhas e dentes não só a Palestina, como também sua resistência armada, por outro lado, será alvo de toda a fúria imperialista. Algo que é feito, principalmente, por meio da imprensa burguesa, que volta, neste momento, suas baterias contra os inimigos do sionismo.
No Brasil, esta imprensa, completamente vendida ao imperialismo, está em uma dura campanha contra a resistência palestina desde o primeiro dia desta fase do conflito. E boa parte dessa campanha é voltada contra os grupos e partidos, como o PCO, que se colocam ao lado dos oprimidos.
Diante dessa pressão, a esquerda pequeno-burguesa brasileira capitulou completamente, abaixando a cabeça para os mandamentos do imperialismo. “Não defenderás o Hamas”, ao que a esquerda responde: “amém”.
É por isso que, desde 7 de outubro, a esquerda nacional, com exceção do PCO, não fez praticamente nada para defender os palestinos e muito menos defender o Hamas. É por isso que, diferente de outros países, não são convocadas grandes manifestações em protesto ao genocídio perpetrado por “Israel” em Gaza.
Enquanto esses setores se acovardam, o Hamas e os demais grupos da resistência palestina estão dando suas vidas em nome da luta pelo fim da ocupação sionista. Se um partido que diz ser de esquerda não é capaz de reconhecer a importância disso, não pode ser levado a sério.