A Folha de S.Paulo publicou uma pesquisa da Consultoria Quaest que registra o chamado Índice de Popularidade Digital (IPD) de algumas figuras da política brasileira. Nessa pesquisa, a popularidade do “governador” do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), neoliberal bolsonarista, cresce e se aproxima da de outro neoliberal bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo.
Eduardo Leite alcançou 69,8 pontos, ficando atrás de Tarcísio, com 70,2 pontos. Em terceiro lugar, ficou o governador também bolsonarista e neoliberal de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
A matéria da Folha afirma que a popularidade de Leite voltou a crescer em abril, justamente quando começaram as notícias dos níveis recordes de chuva e o rio Guaíba superou a marca de cinco metros de cheia. Algo que resultando na maior catástrofe do Rio Grande do Sul em décadas.
A Defesa Civil anunciou que, até 22 de maio, são 161 mortes, 806 feridos, 68.345 mil desabrigados e 581.633 mil desalojados. Dá para acreditar que essa tragédia faça crescer a popularidade de alguém? Só se for por motivo de xingamentos diversos pela população.
Finalmente, a pesquisa diz que Leite é uma das pessoas mais populares de todo o Brasil, o que é, obviamente, uma farsa. Ele é responsável por uma das maiores catástrofes da história do Brasil, a tendência é que sua popularidade despenque. E uma prova de que os dados da pesquisa são uma farsa é justamente o medo que Leite tem das eleições municipais.
Ele afirma que quer que elas sejam adiadas porque está preocupado com o estado, alegando que as eleições atrapalharão a reconstrução do Rio Grande do Sul. Uma grande mentira dado que ele é o principal responsável pelo que está acontecendo no estado. Teria começado a se preocupar de uma hora para a outra? Não, ele quer que as eleições sejam adiadas porque sabe que seus aliados e seu partido sofrerão uma derrota duríssima diante da catástrofe.
A falta de investimentos em prevenção e resposta a desastres provocou indignação em todo o País, com especialistas e ativistas denunciando a priorização dos interesses econômicos em detrimento da segurança e do bem-estar da população. Quer dizer, a política neoliberal de Leite não passou despercebida: a população sabe que ele, junto aos prefeitos e aos governadores que vieram antes dele, são os responsáveis pela miséria do povo gaúcho.