Nesta segunda-feira, 20 de maio, o mandato oficial do presidente ucraniano Vladimir Zelenski chegou ao fim. A partir de então, Zelenski deveria ter deixado o mais alto cargo do Poder Executivo da Ucrânia. Mas não há nenhum sinal de que isso irá acontecer.
O que indica que Zelenski continuará dirigindo o Estado ucraniano é o fato de que não houve qualquer tipo de eleição presidencial nos últimos anos. Caso Zelensky obedecesse às normas estabelecidas pelo próprio regime político e desertasse do governo, não haveria um presidente pronto para iniciar um novo mandato.
A façanha de Zelenski de não ter nem mandato, nem eleição, só foi possível por causa da lei marcial que o atual presidente impôs à população ucraniana. Com ela, as eleições foram sucessivamente adiadas, até chegar ao ponto em que o mandato do presidente se expirasse.
A postura do presidente ucraniano frente às eleições ucranianos são bastante esclarecedoras. Por mais que haja uma campanha intensa do imperialismo para apresentar o presidente russo, Vladimir Putin, como um “ditador”, é o presidente da Ucrânia quem atropelou por completo o sistema eleitoral de seu próprio país. Putin, por sinal, acaba de vencer mais uma eleição, recebendo o apoio de 87% do eleitorado.
A diferença na forma como Putin e Zelenski estão lidando com seus respectivos sistemas eleitorais é produto direto de suas respectivas posições na luta de classes mundial. Putin participou das eleições e foi eleito com tranquilidade porque tem um grande apoio popular. Apoio esse que vem de seu enfrentamento cada vez mais decidido contra o imperialismo. Zelenski, por sua vez, teme eleições em seu país porque sabe que não tem a menor chance de ser reeleito, ainda que tente fraudar o resultado. Zelenski é cada vez mais odiado pela população de seu próprio país por estar enviando seus jovens para morrer nos campos de batalha, a mando dos Estados Unidos.





