No dia 6 de maio, o Hamas impôs uma derrota ao imperialismo ao conseguir um acordo de paz que favoreceu os palestinos, com o recuo dos EUA. No dia seguinte, o estado de “Israel” decidiu iniciar uma ofensiva contra a “Zona Segura” Rafá, para pressionar o Movimento de Resistência Islâmica. O primeiro alvo do exército sionista foi a passagem de Rafá. A principal entrada de ajuda humanitária, combustível e qualquer tipo de suprimento e também a única saída de palestinos feridos foi fechada logo no início da invasão, forçando 360.000 palestinos a fugirem do local. Na sexta-feira (10), tanques israelenses capturaram a principal estrada entre as partes oriental e ocidental de Rafá, cercando assim toda a parte oriental da cidade. Com a ação de “Israel”, a ONU reconheceu que “não há zona segura na Palestina”.
“Israel” conseguirá sustentar a ofensiva em Rafah?
A análise de Greg Stoker à MintPress, ex-analista de segurança do exército norte-americano, corrobora o pronunciamento oficial do Hamas, de que a invasão a Gaza “não será um passeio”. Segundo o especialista, o assalto da IDF (Forças de Defesa de Israel) está condenado ao fracasso. Stoker revelou os principais obstáculos do exército israelense: “O Exército Israelense está enfrentando uma grave escassez de munições”, e continuou: “não se limitando apenas a bombas aéreas, mas também se estendendo à artilharia”. As afirmações de Greg deixam clara a impossibilidade de “Israel” sustentar o ataque, lembrando que existem inúmeros conflitos regionalizados com o Hesbolá e outros grupos islâmicos que estão armados contra a ocupação sionista.
“Eles podem ter o suficiente para detonar Rafah no oblívio, mas não serão capazes de nivelar Rafá da maneira que querem e ainda manter os estoques para dissuasão [com o Hesbolá].”
O analista norte-americano relembra que as Forças de Defesa de Israel nunca obtiveram sucesso em identificar sistemas de túneis, apesar de ocuparem o Corredor da Filadélfia ao longo da Travessia de Rafaá.
“Eles até agora se mostraram consideravelmente ineficazes”, comenta ele.
Greg Stoker caracteriza toda a operação como uma “manobra performática de relações-públicas”, questionando a eficácia estratégica. “A narrativa de que assaltar Rafah é necessário para derrotar o Hamas foi provada ridícula”, ele afirma, citando a resistência do Hamas diante do genocídio de civis por parte de “Israel”. O analista, que se coloca no campo “anti-imperialista”, condena os ataques e questiona a legitimidade da ação israelense, citando veteranos da inteligência israelense sobre o plano de vários anos para derrotar o braço armado do Hamas.
Analistas do imperialista comentam a ineficiência militar israelense
Stoker alerta sobre a insustentabilidade da operação à luz das crescentes baixas e da escassez de recursos. “Apesar das possíveis declarações de vitória”, ele afirma, “A IDF [Exército de Defesa de Israel] carece de objetivos alcançáveis, uma estratégia de saída e enfrenta a diminuição do capital político”. John Kirby, Assessor de Comunicações de Segurança Nacional da Casa Branca, reforça o declínio da operação ao afirmar categoricamente que a invasão de Rafah não conseguiria derrotar o Hamas.
Punição coletiva: o método de “Israel”
“Israel”, desde o início da operação Dilúvio de Al-Aqsa, obteve poucas vitórias militares e assassinou civis inescrupulosamente. Stoker afirma que a operação em Rafá é “apenas mais um ponto de pressão para forçar o Hamas a aceitar um acordo inferior, punindo coletivamente os civis” – conclui o analista, alertando sobre o insucesso militar da ofensiva israelense.
O começo do fim do estado de “Israel”
O historiador israelense Illan Pappé, em discurso, afirmou que a operação iniciada pelos palestinos é o “começo do fim do estado de ‘Israel’”. As consecutivas derrotas militares dos sionistas e as ações desesperadas que visam atacar somente os civis ilustram que o cientista social está correto. Até o momento, o grande feito dos israelenses foi o massacre sangrento de civis; são 35.774 mortos, destes 8.400 são mulheres e 15.124 crianças. Além dos 10.000 civis que estão desaparecidos entre os escombros, provavelmente mortos. A infraestrutura da Faixa de Gaza foi completamente destruída, e 98% da população luta contra a fome. Com todas as adversidades, os palestinos armados seguem impondo derrotas políticas e militares a “Israel”, provocando uma crise irreversível não só no Oriente Médio, mas em todo o mundo. A operação Dilúvio de Al-Aqsa expôs a fragilidade do estado supremacista, colonialista e genocida de “Israel”.