As águas do Guaíba e de outros rios e regiões no Rio Grande do Sul ainda continuam longe do regular, mas as discussões sobre os recursos necessários para a reconstrução do Estado tomaram conta da cena política.
Estudos de especialistas apontam a necessidade até mesmo de R$100 bilhões apenas para reconstruir a infraestrutura do Estado – estradas e redes de energia, telefonia, água e saneamento. Portanto, não entraram nessa conta escolas, moradias, hospitais, nem vias e estruturas urbanas.
O governo federal anunciou até o momento duas medidas de maior impacto. A primeira é um pacote de ajuda de R$50,9 bilhões, sendo que apenas R$7,69 bilhões será dinheiro novo, ou seja, tem impacto na dívida pública. O grosso dos valores seria antecipação de benefícios, empréstimos de órgãos do governo subsidiados para pequenos produtores, indústria etc.
A outra medida é o congelamento da dívida do Estado por três anos, cerca de R$11 bilhões, e do perdão de juros e encargos do período, cerca de R$12 bilhões.
Em todas as contas e planos apresentados, porém, nada é retirado dos verdadeiros responsáveis por essa situação: os banqueiros sanguessugas e privatizadores que roubaram o povo gaúcho como fazem em todo o País.
Como é fácil verificar, é muito pouco diante das enormes necessidades que estão colocadas para a população, tanto para o momento, como para o futuro.
O problema fica ainda mais grave diante da constatação de que o governador do estado, Eduardo Leite, é o responsável direto pela situação de calamidade. Sem contar o fato de que privatizou as empresas de energia e água do Estado com a velha demagogia de ter mais recursos para investir. Para o orçamento de 2024 do estado, por exemplo, destinou o ridículo valor de R$50 mil para a Defesa Civil, órgão responsável pela prevenção a desastres.
Leite é o homem dos banqueiros no Rio Grande do Sul. Não seria ele quem defenderia a política de que os bancos é que paguem a conta da catástrofe. Esse papel cabe ao governo Lula.
É preciso ter disponível os recursos que forem necessários para que o povo do Rio Grande do Sul possa reconstruir suas vidas, e esse dinheiro deve ser retirado dos juros que o governo federal paga para os banqueiros que controlam mais da metade do orçamento nacional, quase R$1 trilhão.
Nesse sentido, é preciso o imediato desconhecimento da fraudulenta dívida pública com os banqueiros em benefício do povo do Rio Grande do Sul.
Para financiar o socorro ao povo gaúcho e todos os afetados pela política dos banqueiros parasitas, é preciso estatizar os bancos sob o controle dos trabalhadores e sobretaxar esses parasitas e todos os grandes capitalistas.
Finalmente, é preciso tirar de quem tem, e não do solidário povo trabalhador que enfrenta grandes dificuldades.