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Palestina

Imprensa imperialista falsifica dados da ONU para caluniar Hamas

Mais de 10 mil corpos ainda não identificados se tornam uma nota de rodapé, apagados de maneira oportunista pela imprensa

Criança palestina morta.

Em mais um episódio da campanha difamatória contra a resistência palestina, a imprensa pró-imperialista tem divulgado uma análise distorcida e propositalmente falsificada do número de mortos registrados na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023.

A falsificação, disseminada a partir de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), se soma aos esforços recentes do sionismo de censurar as redes sociais e reprimir as manifestações pró-Palestina em todo o mundo, ao mesmo tempo em que segue os ataques a Rafá sem nenhum sucesso militar significativo.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) publicou, em 8 de maio, um infográfico que registrava um número de 34.844 mortes palestinas no total. Entretanto, logo abaixo, ele apresentava as mortes da seguinte maneira: “24.686 identificados até 30 de abril como: 10.006 homens, 4.959 mulheres, 7.797 crianças, 1.924 idosos”. Número muito inferior ao que vinha sendo divulgado até o momento.

O gráfico utilizou os números do Ministério da Saúde de Gaza e incluiu uma nota de que os números “não incluíam mais de 10.000 desaparecidos ou sob os escombros”. Ausência que dá conta da diferença entre as 34.844 mortes e os 24.686 identificados.

Enquanto a ONU “revisava” suas estimativas do número de mulheres e crianças que “Israel” assassinou em seus ataques a Gaza, a contagem de corpos que foram identificados foi utilizada pela imprensa pró-imperialista para gerar confusão, desconfiança e falsificação.

“Os novos números usados pela ONU apontam para 4.959 mulheres e 7.7797 [sic] crianças mortas, o que evidencia a impossibilidade de confiar nas declarações do Hamas sobre a guerra (os novos números constituem uma redução de 52% no número relatado de mulheres mortas e uma redução de 53% no número relatado de crianças)”, afirma um artigo do Gazeta do Povo, algo que pode ser encontrado em diversos outros meios de comunicação.

Contudo, fato é que a ONU não só não diminuiu o número de pessoas assassinadas em Gaza, como também fez o seu levantamento utilizando informações do Ministério da Saúde de Gaza, que é governada pelo Hamas. A ONU confirmou isso na segunda-feira, quando o porta-voz Farhan Haq, em resposta à emissora catarense Al Jazeera, afirmou:

“Há cerca de mais de 10 mil corpos que ainda precisam ser totalmente identificados, e então os detalhes deles – quais deles são crianças, quais deles são mulheres – serão restabelecidos assim que o processo de identificação completo for concluído”, disse Haq.

A estimativa número total de pessoas assassinadas por “Israel” em Gaza e de pessoas desaparecidas debaixo dos escombros ou em outros locais nunca mudou.

Na terça-feira, 14 de maio, o número total era de 35.173 pessoas mortas por “Israel” em Gaza desde o início do atual conflito, há mais de sete meses. Oitenta e duas dessas pessoas foram mortas nas últimas 24 horas.

Todos os números de vítimas – mortes identificadas e não identificadas –, bem como de pessoas desaparecidas são gerados pelo Ministério da Saúde de Gaza.

Os sionistas frequentemente acusam o Ministério da Saúde de não produzir dados confiáveis por ser administrado pelo Hamas. No entanto, demonstrando ainda mais o tamanho da calúnia da imprensa contra o partido palestino, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, na terça-feira, que tem total confiança nos números do Ministério da Saúde de Gaza.

As estatísticas do Ministério da Saúde também foram verificadas pela Human Rights Watch e utilizadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em conflitos anteriores. Quer dizer, organizações imperialistas que utilizam os dados coletados e divulgados pelo Hamas.

“O fato de termos agora 25.000 pessoas identificadas é um passo em frente”, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, à imprensa em Genebra, na terça-feira.

Desesperada, a imprensa pró-imperialista, que já não encontra munição para defender ou justificar o massacre em Gaza, aproveitou a divulgação dos números para caluniar o Hamas. A própria ONU tem parte da responsabilidade nessa manobra de falsificação, uma vez que anunciou uma revisão para um “número mais realista” sem devidamente esclarecer o problema do número de corpos não identificados.

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