A decisão do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) de aceitar um acordo de cessar-fogo com o Estado de “Israel” deixou muita gente perplexa. Afinal de contas, uma vez mais caiu por terra a ideia de que o Hamas seria um grupo fanático, unicamente interessado no conflito, e não um grupo de libertação nacional que atua com objetivos determinados. Ao aceitar o acordo, o Hamas falou ao mundo: tudo o que queremos é que as reivindicações dos palestinos sejam atendidas. Chega de bombardeios, chega de bloqueios, chega de repressão.
Diante da iniciativa do Hamas, o governo israelense só tinha duas opções. Aceitar o acordo, que poderia resultar na queda do primeiro-ministro, ou seguir a matança, expondo ao mundo que a entidade sionista é quem de fato é responsável pelas piores atrocidades do mundo. Como era de se esperar, o primeiro-ministro, Benjamin Netaniahu, optou por continuar o massacre.