Na última segunda-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas que ocorre no Senado ouviu o depoimento do ex-juiz de futebol Glauber do Amaral Cunha. A seção foi secreta, o nome de Glauber, que apitou jogos da terceira divisão do Campeonato Carioca, apareceu após citado no depoimento de John Textor, acionista majoritário do Botafogo.
Textor havia citado indícios de que haveria manipulação em resultados do campeonato, citando o Palmeiras, entre outros, como possível beneficiário da manipulação. O dirigente do Botafogo chegou a ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com multa e afastamento pelas declarações. Textor apresentou um áudio que era, supostamente, do árbitro Glauber Amaral reclamando da propina não ter sido paga para embasar suas denúncias de que houve um esquema para manipular o Brasileirão.
O empresário norte-americano que comanda o Botafogo chegou a afirmar ter provas de manipulação nos Campeonatos Brasileiro de 2022 e 2023, baseado nos resultados de uma apuração de uma empresa contratada por ele que avalia a arbitragem por meio de inteligência artificial.
A CPI da Manipulação do Futebol, como ficou conhecida, foi criada em março através do requerimento do senador e ex-jogador Romário. O embasamento para a CPI foi o relatório da SportRadar, empresa que avalia em tempo real movimentações suspeitas em casas de aposta e que colocou 109 jogos sob suspeita em 2023.