A grande luta travada pela esquerda pequeno-burguesa brasileira desde as eleições vem sendo a luta contra as chamadas “fake news”. Em nome da luta contra a mentira, que seria algo exclusivo da extrema-direita bolsonarista, a esquerda pequeno-burguesa apoiou toda política ditatorial do STF e da imprensa burguesa para censurar na internet a ala bolsonarista.
O grande mal seria as redes sociais, no entanto, quando estoura a maior crise da história recente do Rio Grande do Sul, com o estado destruído pelas enchentes e mais de 100 mortos, os primeiros a promoverem uma política de mentiras e calúnias contra o governo são justamente os jornais da imprensa “limpinha”.
Neste semana, o jornal da burguesia Folha de S.Paulo dedicou-se a uma intensa propaganda de mentiras contra o governo Lula. Uma das principais, foi de que o governo Lula tivesse se oposto a ajuda oferecida pelo Uruguai para o resgate de pessoas no Rio Grande do Sul. A matéria publicada acusa o governo de dispensar ajuda humanitária, corroborando com a campanha feita por toda a direita de que o governo estaria abandonando o Rio Grande do Sul.
No entanto, rapidamente a mentira foi desfeita com a série de pronunciamentos que demonstraram que o governo Lula nunca recusou nenhuma ajuda. Conforme apurado pelo Brasil 247, o general Tomás Paiva afirmou que “toda ajuda de país amigo tem sido aceita. Havia 8 ou 9 militares argentinos aqui na base, que vieram oferecer ajuda. A mesma coisa vale para o Uruguai. Atrapalhou a notícia de que recusamos, porque cria uma expectativa de que estamos refugando algum tipo de ajuda, o que não é verdade”.
A notícia da Folha da a entender que o governo havia recusado o helicóptero oferecido pelo Uruguai, quando na realidade foi informado que um outro avião, um modelo especifico, não correspondia as características técnicas para o tipo de operação exigida e que não valia a pena ser utilizado.
Esta falsificação, que inclusive até o momento não gerou nenhuma retratação do jornal golpista, revela que os principais inimigos da verdade, os grandes propagadores da mentira não são as redes sociais, mas sim a imprensa burguesa.
Chama a atenção no entanto, que todos aqueles que se dizem na luta contra a mentira não se mobilizam para atacar a Folha de S.Paulo, nem por parte da esquerda pequeno-burguesa, muito menos por parte de Alexandre de Morais e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Este é mais um exemplo da farsa da campanha contra as ditas “fake news”, que tem como propósito apenas censurar a imprensa independente e a população nas redes sociais, quando a imprensa burguesa, que detém um poder muito maior de influência, ataca e mente contra o governo deliberada e diariamente, mesmo em momentos críticos como este.





