Eric Saade, cantor sueco descendente de palestinos, abriu a primeira semifinal da 68ª edição do Festival Eurovisão da Canção (Eurovision), competição internacional de músicas organizada anualmente pela União Europeia de Radiodifusão (UER). Na ocasião, ele estava trajando um quefié, lenço que é símbolo nacional da resistência dos palestinos contra a ocupação de “Israel”.
Em janeiro, a organização do festival rejeitou apelos para que “Israel” fosse banido da competição. Ao mesmo tempo, baniu a utilização de bandeiras palestinas e símbolos pró-Palestina. No dia 2 de maio de 2024, a Eurovisão reafirmou que tem o direito de impor tal proibição após ser criticada por permitir a participação da ocupação sionista.
A UER afirmou que mantém a autoridade “para remover quaisquer outras bandeiras ou símbolos, roupas, itens e banners usados com o provável propósito de instrumentalizar os programas de TV”.
Anteriormente, o cantor sueco citado já havia tornado público sua raiva em relação ao banimento da bandeira Palestina, quebrando a regra durante a semifinal. A organização do festival, por sua vez, afirmou que “lamenta” que um artista tenha decidido utilizar o quefié.
“Todos os artistas estão cientes das regras do concurso e lamentamos que Eric Saade tenha optado por comprometer a natureza não-política do evento”, afirmou a UER.
Cabe ressaltar que a Rússia foi banida da Eurovisão após iniciar sua operação militar especial na Ucrânia e, até hoje, não pode participar da competição.