Em mais uma investida da direita golpista e reacionária, os porta vozes dos interesses dos grandes capitalistas (nacionais e internacionais) e do imperialismo aumentam ofensiva deste setor contra o maior fundo de pensão de trabalhadores da América Latina, um patrimônio da luta dos trabalhadores do Banco do Brasil: a Previ (Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil).
Na tentativa de pôr as suas garras neste patrimônio, o portal UOL (parte do Grupo Folha, da família de banqueiros Frias), através de uma das suas jornalistas publicou no último dia 5 uma matéria de ataque aos diretores e, em especial, o presidente da Previ, João Fukunaga, questionando a “capacidade técnica” desses diretores que exercerem cargos em Conselhos de empresas nas quais a Previ investe.
A articulista do PIG (Partido da Imprensa Golpista) tenta disfarçar a sua preocupação moral em relação ao diretores da Previ, quando se refere a eles da seguinte forma: “diretores-executivos da Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, ganham hoje remuneração anual de R$1 milhão sem precisar comprovar experiência ou qualificação para atuar em conselhos de empresas onde o fundo de pensão do Banco do Brasil investe” (Andreza Matais, UOL, 5/5/2024), fazendo referência nominal ao residente da Previ por “falta de qualificação”.
É claro que a burguesia usa dos seus tradicionais métodos moralistas, para através dos seus bonecos de ventríloquos da imprensa capitalista, para tentar enganar os mais incautos por meio da dissimulação.
Os gritos da direita não tem nada a haver com as questões dos seus diretores receberem ou não salários e bonificações de “grande vultos”, já que, quando esses cargos eram ocupados pela direita todos se calavam, nem uma só palavra, mas quando esses cargos estão sendo ocupados pelos legítimos representantes dos trabalhadores, a grita é geral.
O caso da Previ é um problema econômico e político e, o que está por trás dos ataques da burguesia é o interesse pelo controle desse que é um gigantesco patrimônio dos trabalhadores do Banco do Brasil.
Desde a posse do atual presidente da Previ, indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os direitistas lançaram uma verdadeira cruzada no sentido de destituí-lo do seu cargo.
Sempre é bom lembrar que a Previ é um património construído pelos trabalhadores bancários do Banco do Brasil, é o maior fundo de pensão da América Latina com um patrimônio de R$250 bilhões, com tentáculos acionários nas maiores empresas brasileiras em setores vitais da economia, como o da energia, telecomunicações, siderurgia, mineração e aviação. É exatamente o que a burguesia não quer.
Não quer que um representante legítimo dos trabalhadores esteja à frente desse poderoso patrimônio. Fukunaga é funcionário do Banco do Brasil e ocupou importantes posições nas instituições de luta dos trabalhadores bancários. Foi ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e além disso, também ocupou uma cadeira na coordenação nacional da Comissão de Negociação dos Funcionários do Banco do Brasil na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT).
Logicamente, a perseguição da direita golpista aos representantes da classe trabalhadora à frente das instituições, como os fundos de pensões das empresas estatais, diz respeito aos interesses dos capitalistas nacionais e internacionais, ou seja, é uma campanha no sentido de substituição de um legítimo representante dos trabalhadores por um representante “técnico de mercado” com o intuito de transferir os recursos dos trabalhadores para os banqueiros. Tanto é assim que a imprensa venal vem dando sistematicamente um extraordinário destaque na tentativa do afastamento de Fukunaga.
É de extrema importância que a Previ tenha representantes que estejam verdadeiramente ligados à luta dos trabalhadores. Nesse sentido, os trabalhadores bancários não podem ficar assistindo à destruição do seu patrimônio. É preciso reagir, e exigir das direções sindicais uma efetiva reação nas ruas, nas campanhas salariais, nas mobilizações, através da unidade com os demais trabalhadores das estatais, contra a política da direita reacionária que, em nome de uma suposta “moralização dos fundos”, está querendo aprofundar a roubalheira dos recursos dos trabalhadores.