Na terça-feira (7), os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) começaram o acampamento de defesa da Palestina, seguindo os passos dos estudantes dos EUA. A organização está sendo feita pelo Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-USP). O campamento foi montado no vão de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
O ato de abertura aconteceu às 18h com uma mesa de debates sobre a Palestina. Às 21h houve a transmissão de um filme. A organização ainda afirma que o movimento conta com o apoio de docentes e funcionários da universidade.
Ana Luísa Tibério faz parte do Coletivo Graúna do PT e do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino da USP. Ela afirmou que os próximos dias “serão fundamentais para nos conectarmos às lutas internacionais e mostrarmos apoio à causa palestina”.
Ela também enfatizou: “além de demonstrar nossa solidariedade, queremos pressionar a USP pelo rompimento dos convênios com universidades israelenses que apoiam e financiam o massacre em curso na Palestina”.
O acampamento já marcou atividades com o Coletivo Vozes Judaicas pela Democracia e também com o militante do PT Breno Altman.
Junto ao acampamento, os estudantes da USP iniciaram um abaixo assinado exigindo que a instituição e as demais universidades brasileiras e o governo Lula rompam relações com o Estado de “Israel”.
Essa medida inclui a renúncia aos “convênios acadêmicos vigentes e a quaisquer relações” atreladas ao Estado de “Israel”. “Em especial a FFLCH delibera pela imediata renúncia com a universidade de Haifa por parte de sua Congregação e de seu Conselho Técnico Administrativo”, declara o comitê.
O abaixo assinado também defende que seja retirado todo e qualquer processo administrativo aos estudantes que se solidarizaram com o povo palestino, afirmando que a “imprensa e a reitoria tentam igualar antissionismo com antissemitismo” e usam essa propaganda “como justificativa para perseguir o movimento de solidariedade à Palestina. Não aceitaremos intimidações e perseguições: abaixo qualquer repressão”.
É a primeira universidade que adere ao movimento internacional de ocupações em defesa da Palestina. Ela pode dar origem a uma série de ocupações estudantis em todo o Brasil, assim como aconteceu nos EUA e como está acontecendo na Europa.