No último dia 22 de abril, índios da etnia Gavião bloquearam a Br-222, no Território Indígena Mãe Maria, a região localizada no município de Bom Jesus do Tocantins, no Sudeste do Pará. Uma das principais reinvindicações dos índios é a construção de uma escola, pois a existente é uma improvisação, que sofre ainda com a falta professores e de infraestrutura mínima.
Diversas promessas já foram feitas pela secretária de educação, porém todas ficaram no papel. Ao sítio A Nova Democracia, um cacique do povo Gavião denuncia que as promessas da Secretaria do Estado de Educação do Pará são anteriores ao ano de 2019, porém cinco anos depois, continua sendo tão somente uma promessa. “Desde antes de 2019 a gente vem lutando por conta da nossa escola, e a nossa escola nunca foi feita. Vem só promessa, promessa, promessa” (“PA: Indígenas Gavião cobram por melhorias nas escolas do T.I. Mãe Maria”, 2/5/2024).
De fato, há muitas décadas os índios brasileiros encontram-se abandonados e em um estado de miséria horripilante. A extrema pobreza a que estão submetidos, ao mesmo tempo que choca, os torna alvo de muita demagogia. Até um ministério foi criado no governo Lula, porém sua ministra é uma serviçal das ONGs e nada tem feito pela emancipação dos índios brasileiros, usando-os para sua autopromoção, quando não para servir diretamente ao imperialismo.
É preciso tratar o índio como um camponês, pois é isso que são. Precisam da reforma agrária e da demarcação de suas terras, precisando também de ajuda governamental para desenvolver sua agricultura e pecúaria.
O índio é um cidadão brasileiro detentor de todos os direitos e deveres e assim deve ser tratado pelo Estado. No entanto com a política identitária que permeia a ministra Sônia Guajajara e que nada de positivo traz a este setor do campesinato brasileiro. Longe disso, a política da ministra é usada para encobrir as verdadeiras demandas dos índios que são comuns a milhões de brasileiros que lutam por terra, emprego, comida, serviços públicos e moradia para todos.