Segundo matéria do sítio Metrópoles, o secretário e deputado federal Guilherme Derrite, titular da Segurança Pública no estado de São Paulo, usou a Secretaria para impulsionar a sua luta contra os direitos da população carcerária à “saidinha temporária”. O secretário estadual que acumula a função de parlamentar é um dos principais articuladores do PL aprovado nas duas Casas do Congresso Nacional.
Segundo o sítio, o levantamento tem como base as notícias publicadas no sítio da SSP, um órgão de estado. A pesquisa com as palavras-chave “saidinha”, “saída” ou “saída temporária”. Ao todo, as buscas coletaram 104 publicações da pasta a partir do ano de 2009.
O calendário de tramitação”, informa a matéria, “do projeto de lei coincide com uma sequência de publicações sobre o tema, feita na página oficial da SSP, sem precedentes em São Paulo. Para especialistas, o resultado do levantamento (veja abaixo) é ‘grave’ e o cenário pode configurar até uso da máquina pública para autopromoção.” (“Derrite usa secretaria para bombar pauta contra “saidinha” de presos”, Felipe Resk, 3/5/2024). A pesquisa mostra um brutal crescimento de artigos com o termo neste ano de 2024, como pode ser conferido no gráfico abaixo, extraído da matéria:
Isso pode ser enquadrado como uso da máquina pública para promoção pessoal, o que é proibido pela Constituição.
Contudo, além do escracho, o pior crime contra a sociedade é que essa é uma promoção de uma política quase nazistas, que impõe aos presos condições de vida desumanas nas cadeias brasileiras.
Por pior que tenha sido seu crime, não cabe ao Estado promover políticas de aniquilamento de uma parcela da população. Isso é uma política adotada pelos nazistas.
A saída das cadeias não é um benefício, mas um alento para que o preso possa ser reinserido à sociedade. O problema é que o Estado nada faz para melhorar a vida da população, o que leva muitos a enveredar para o caminho do crime.