A conta do Diário Causa Operária (DCO) no WhatsApp acaba de ser suspensa. Ao tentar entrar no aplicativo, a equipe deste Diário é confrontada com a alegação de que o número utilizado na conta “não pode usar o WhatsApp no momento porque a conta registrada anteriormente com esse número está violando nossa Política Comercial”.
O aplicativo, então, apresenta uma página que detalha qual é a sua “política comercial”, ou seja, a política que diz respeito ao que pode e o que não pode ser vendido e negociado no WhatsApp. O problema é que, para a conta deste Diário ter infringido a “política comercial” em questão e, consequentemente, ser suspensa, precisaria estar vendendo alguma coisa, mas o DCO não possuia nenhum produto catalogado na plataforma.
Com isso, fica claro que a suspensão em questão se configura como uma medida arbitrária, sem qualquer explicação conforme as diretrizes do WhatsApp. Na mesma página em que é informado o bloqueio da conta, é oferecido um direcionamento para o suporte da plataforma.
Este Diário tentou, diversas vezes, entrar em contato com o WhatsApp exigindo explicações sobre a suspensão e uma reversão do banimento. Entretanto, a única coisa que nossa equipe recebeu foram mensagens automáticas que nada tinham a ver com o problema em questão. Portanto, a plataforma se mostrou completamente desinteressada em responder a nossos questionamentos, reforçando o caráter persecutório e arbitrário da suspensão do número do DCO.
O ataque ao DCO aparenta ser uma continuação da perseguição sionista à imprensa que defende a causa palestina. Conforme noticiamos, na última sexta-feira (26), o YouTube desmonetizou o canal do Partido da Causa Operária (PCO) e canais identificados como seus parceiros: Diário Causa Operária, Causa Operária TV e Rádio Causa Operária. Além disso, a Wix, empresa que tem sede em Telavive, “Israel”, suspendeu o registro do sítio virtual da Loja do PCO, derrubando-o do ar.
Finalmente, a ocupação israelense está em uma crise inédita. A operação Dilúvio de Al-Aqsa, deflagrada pelo Hamas e outras organizações da resistência palestina em 7 de outubro de 2023, pôs o regime sionista em xeque. A cada dia que passa, “Israel” parece se afundar cada vez mais na lama.
Diante disso, o imperialismo, para não perder total controle da situação, precisa impedir que a crise aumente e, para tal, está acirrando a repressão a toda e qualquer força política que se oponha ao genocídio que “Israel” está perpetrando em Gaza. É daí que vem o aumento generalizado da censura e dos ataques a direitos fundamentais como o direito à manifestação.
Nos Estados Unidos é onde essa política está sendo aplicada de maneira mais brutal. Os estudantes norte-americanos que estão ocupando os campi de dezenas de universidades ao redor do país estão sendo reprimidos pela polícia e por milícias fascistas sionistas com muita força e truculência. Ao mesmo tempo, o regime está se fechando cada vez mais contra a liberdade de expressão, como mostra o banimento do TikTok e a recente aprovação da lei que equipara praticamente qualquer defesa da Palestina em um ato “antissemita”.
No Brasil, a censura imposta contra o PCO e sua imprensa parceira é expressão dessa política do imperialismo. E é mais do que esperado que essa repressão se volte justamente contra jornais como o Diário Causa Operária que, desde o começo da atual fase do conflito, já publicou pouco menos de 3.000 artigos em defesa da Palestina e denunciando os crimes cometidos por “Israel” na Faixa de Gaza.
Finalmente, a suspensão em questão, uma medida de censura, não irá diminuir a defesa que este Diário faz do povo palestino e de sua resistência armada. Em breve, divulgaremos um novo número no WhatsApp para continuar travando a luta política também nesta plataforma.