Nessa terça-feira (30/4), os estudantes da Universidade Brown, nos Estados Unidos, que estavam ocupando a instituição em defesa da Palestina chegaram a um acordo com a direção da universidade para remover seu acampamento. Em contrapartida, a Brown deve realizar uma votação sobre o “desinvestimento” (cortar o investimento) de empresas que apoiam “Israel”.
“Esta é uma vitória sem precedentes […] Esta votação é uma grande concessão que afirma o poder do nosso acampamento e o movimento nacional de acampamentos estudantis para a Palestina”, afirma um comunicado da organização da mobilização.
Entretanto, o acordo parece, em um primeiro momento, ter sido desvantajoso para os estudantes, já que a instituição só precisará realizar a votação em questão daqui a cinco meses.
“Embora o acampamento termine, a organização para garantir que a administração da Brown atenda às nossas demandas de desinvestimento continuará até a votação da Corporação em outubro”, disse o grupo de estudantes.
O acordo entre a mobilização estudantil e a universidade ocorre ao mesmo tempo em que a polícia tem aumentado fortemente a repressão contra estudantes em outras instituições nos Estados Unidos, prendendo centenas de pessoas quase que diariamente. Além disso, grupos fascistas sionistas estão começando a atacar os acampamentos pró-Palestina, sendo o caso de maior destaque o da Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
O fechamento do regime norte-americano por meio da repressão à mobilização, por sua vez, causa uma grande pressão contra os estudantes, que abriram uma grande crise no regime imperialista.