Na segunda-feira (29), a polícia norte-americana reprimiu violentamente a manifestação dos estudantes em defesa da Palestina em Austin, no estado do Texas. Os policiais rodoviários estaduais usaram esprei de pimenta e granadas de atordoamento e prenderam ao menos 40 estudantes.
Alguns estudantes resistiram à prisão e foram arrastados pelos policiais, enquanto outros gritavam “vergonha” e jogavam água no ônibus da polícia.
A universidade emitiu um comunicado: “a UT Austin solicitou assistência de reforço do Departamento de Segurança Pública do Texas para proteger a segurança da comunidade do campus e fazer cumprir nossas Regras Institucionais, como a regra que proíbe acampamentos no campus”. Ou seja, a própria reitoria foi quem chamou a repressão.
🚨BREAKING: Texas State troopers are now making arrests at the University of Texas at Austin (UT Austin)
At least six pro-Hamas protesters have been arrested in the past 5 minutes.pic.twitter.com/7Nw38rYNSs
— AJ Huber (@Huberton) April 29, 2024
Mais de 900 manifestantes foram presos em campi dos EUA desde 18 de abril, incluindo mais de 200 em quatro universidades no sábado, segundo o New York Times.
A repressão não acontece só com a polícia. A Universidade de Colúmbia começou a suspender estudantes envolvidos em protestos depois que o prazo para deixar um acampamento no campus da cidade de Nova York expirou às 14h, horário local, na segunda-feira (29). Os estudantes estão se recusando a abandonar o acampamento improvisado, que inclui dezenas de tendas.
“Fomos solicitados a dispersar, mas é contra a vontade dos estudantes”, disse Sueda Polat, uma das organizadoras do protesto, a repórteres. “Não cederemos às pressões da universidade.” Ela acrescentou que o acampamento “não será removido a menos que seja pela força”.
TEXAS STATE TROOPERS HAVE SURROUNDED THE ENCAMPMENT AT UT AUSTIN AND ARE STARTING TO MAKE ARRESTS pic.twitter.com/EfhibHTFUi
— Sulaiman Ahmed (@ShaykhSulaiman) April 29, 2024