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Cinema

Jurassic World: Domínio, o fim da criatividade no imperialismo

A série inaugurada em 1993 sobre dinossauros em nosso mundo já vai para seu sétimo filme, os monopólios da cultura impedem o desenvolvimento de qualquer obra criativa 

Em fevereiro, a Universal Pictures anunciou que em 2025 estreara o sétimo filme da franquia Jurassic World, iniciada com o clássico Jurassic Park. No entanto, boa parte dos leitores provavelmente não sabia da existência do sexto filme, nem do quinto, alguns nem mesmo do quarto e do terceiro lembram. Esse é um fenômeno comum diante da decadência dos monopólios que controlam o cinema nos EUA. Produzir eternamente a mesma obra de forma cada vez menos criativa, apenas se sustentando no sucesso inicial. Sim, é o mesmo fenômeno que levou produção de 10 Velozes e Furiosos.

O primeiro Jurassic Park, lançado em 1993, pode não ser uma obra-prima do cinema. Mas certamente foi um filme marcante. Uma grande inovação nos efeitos especiais e marcou toda uma geração. O roteiro em si, uma aventura de crianças, não é terrível, como seriam os filmes futuros. Ele, nesse sentido, pode ser reassistido até hoje e será interessante. O mesmo não pode ser dito para a maioria dos novos filmes.

O ápice da reciclagem foi o sexto filme da série, Jurassic World: Domínio. Nele estão presentes todos os protagonistas tanto do primeiro filme quando da nova edição que começou em 2015. É o clássico filme de reunião 30 anos depois e mesmo assim é terrível. O roteiro é cada vez mais ridículo, as referências ao primeiro filme, ou seja, a nostalgia não consegue segurar em nada a obra.

Restam as cenas bonitas de dinossauros, essas continuam se desenvolvendo de algo forma. Esse é o único setor de Hollywood que ainda apresenta algum desenvolvimento artístico, a fotografia, os efeitos especias, a cinematografia, mas até isso costuma ser estragado pelos monopólios. É o caso desse novo filme. No fim, a grandiosa cena da luta entre o Tiranossauro Rex e seu adversário é tão ridícula no contexto do roteiro que mal se pode aproveitar.

O único motivo que o filme existe é porque em 1993 ele obteve um grande sucesso e é menos arriscado para Hollywood lançar um novo filme que é menos que arroz com feijão de que se arriscar e perder dinheiro. Infelizmente a tática funciona, foram gastos 265 milhões de dólares, arrecadados mais de um bilhão.

Os monopólios conseguem produzir o lucro, mas a arte, a cultura é destruída. Esse filme existe as custas de diversas outras obras que poderiam estar circulando e sendo assistidas. As próprias salas de cinema, e agora plataformas de streaming, são controladas pelos monopólios e impedem que a população tenha acesso ao cinema. Assim como nos outros aspectos da sociedade, o capitalismo imperialismo, para o cinema, é pura decadência.

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