Na última sexta-feira (26), a equipe da Causa Operária TV (COTV) foi informada pelo YouTube que cerca de 37 vídeos de seu canal haviam sido derrubados do ar e que a COTV, bem como os canais que foram identificados como “parceiros”, foram desmonetizados – DCO – Diário Causa Operária, PCO – Partido da Causa Operária, Rádio Causa Operária. Em outras palavras, com uma canetada, a plataforma norte-americana bloqueou a principal fonte de renda de um veículo de imprensa revolucionário brasileiro.
Na ocasião, o Diário Causa Operária (DCO) publicou uma reportagem contendo informações encaminhadas a nossa redação pela equipe da COTV. Explicamos que o YouTube alegou que tomou as medidas em questão por uma suposta violação da política da plataforma em relação a “organizações extremistas ou criminosas violentas”.
No mesmo artigo, também foi informado que o sítio virtual da Loja do PCO, que era hospedado pela Wix, foi derrubado do ar. Segundo afirmou um dos funcionários da Loja, a empresa israelense também alegou violação em relação a suas diretrizes internas, sem especificar, entretanto, qual foi o problema. “Seu site está bloqueado no momento porque não cumpre com nossos Termos e Condições”, afirmou a Wix.
Na ocasião, informamos que este Diário tentou contatar tanto o YouTube, por meio da Google, quanto a Wix. Entretanto, até o fechamento da edição na qual o artigo citado foi publicado, nenhuma das duas empresas havia respondido os questionamentos. Dias depois, recebemos uma resposta.
Em primeiro lugar, publicamos na íntegra a resposta dada pela Google:
“Você entrou em contato sobre a desmonetização dos canais da Causa Operária TV. Sobre esse tema, segue o posicionamento do YouTube:
Confirmamos que os canais COTV – CausaOperariaTV, DCO – Diário Causa Operária, PCO – Partido da Causa Operária e Radio Causa Operária foram removidos do Programa de Parcerias por violar nossa Política contra organizações extremistas ou criminosas violentas, que faz parte de nossas Diretrizes da Comunidade, e não podem mais monetizar seus conteúdos em nossa plataforma.”
Em segundo, temos a reposta da Wix:
“Olá,
Podemos confirmar que a conta hospedando o sítio www.lojadopco.com foi bloqueada depois que a Wix detectou certos conteúdos criados no sítio.
Após revisar o sítio, determinamos que o conteúdo viola a seção 2.3 dos Termos de Uso e Diretrizes de Conteúdo da Wix porque a Wix não permite organizações violentas, incluindo grupos terroristas, grupos violentos extremistas ou indivíduos que apoiam e promovem atividades ilegais. Esses grupos e indivíduos representam uma ameaça à segurança e ao bem-estar de outros por meio de sua violência ou promoção da violência.”
É preciso destacar que a resposta de ambas as empresas foi a mais padrão possível. Quer dizer, enquanto elas censuram a atividade política do Partido da Causa Operária (PCO), atacando parte importante de sua arrecadação financeira, não se dão ao trabalho de fornecer uma explicação minimamente plausível a suas ações. Afinal, “organizações extremistas ou criminosas violentas” e “organizações violentas” são caracterizações extremamente genéricas que não explicam nada.
Entretanto, sabemos que com “organizações criminosas”, ambas as empresas estão se referindo às organizações da resistência palestina, como o Hamas, a Jiade Islâmica, a FPLP, entre outras. Grupos políticos que estão atuando na linha de frente da guerra contra o Estado nazista de “Israel” e que têm sido sistematicamente defendidas pelo PCO por meio de sua imprensa e de sua atividade política no geral.
Ao mesmo tempo, se essas empresas estão, de fato, se referindo ao Hamas e afins, então precisaria explicar porque os canais sionistas, que defendem com unhas e dentes o genocídio perpetrado pela ocupação israelense em Gaza, não são censurados e derrubados. Afinal, muito, mas muito mais violento do que qualquer organização da resistência armada é o Estado de “Israel” que, em pouco menos de sete meses, já assassinou mais de 35 mil palestinos a sangue-frio.
Finalmente, não o fazem porque essas empresas são aliadas do sionismo. Querem censurar toda e qualquer expressão de apoio à causa palestina. No Brasil, o PCO é, de longe, a principal organização da luta em defesa da Palestina e contra o Estado de “Israel”. Não surpreende, portanto, que essas empresas tenham atacado justamente o Partido, tentando sufocar sua atividade política.
No caso do Wix, essa relação é direta, pois se trata de uma empresa fundada e sediada até hoje em “Telavive” (Jafa ocupada), em “Israel”. No caso da Google, muitos de seus principais dirigentes são judeus diretamente ligados ao lobby sionista. Mais importante que isso, são empresas, principalmente no caso da Google, ligadas ao grande capital, representantes da política imperialista.
