O imperialismo voltou a atacar o Irã com calúnias acerca da situação da mulher no país persa. Na sexta-feira (25), o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNHUD, na sigla em espanhol) afirmou que o governo iraniano estaria reprimindo “violentamente” mulheres que não usam o hijab.
“Recebemos relatos de detenções e assédio generalizados de mulheres e jovens, muitas vezes com idade entre 15 e 17 anos”, disse Jeremy Laurence, um dos porta-vozes da organização imperialista.
Entretanto, quais foram as provas apresentadas pela ONU para uma acusação tão grave como essa? “Relatos”, como disse Laurence. Nada de concreto foi divulgado para comprovar a história contada pela organização.
Fica claro que se trata de uma campanha de calúnias para desmoralizar o Irã semanas após a revolucionária operação Promessa Cumprida, que deixou “Israel” de joelhos. Afinal, o país persa se consolidou como uma força decisiva no Oriente Próximo, algo que precisa ser enfrentado caso o imperialismo queira garantir seus interesses na região. Os países imperialistas precisam, portanto, atacar o regime iraniano de todas as formas possíveis, e essa declaração da ONU é mais uma delas.
Recentemente, o Diário Causa Operária (DCO) entrevistou o Xeique Hussein Khalilo, iraniano conhecido no Brasil por ser um ativo defensor da Palestina. Na ocasião, ele deixou claro qual o interesse do imperialismo ao lançar esse tipo de calúnia contra o Irã. Ao ser perguntado sobre o tratamento que a imprensa brasileira dá a seu país e à resistência palestina, ele disse:
“Como sabemos, a imprensa, geralmente, está na mão de imperialistas sionistas, e eles estão sempre atrás de seus próprios interesses. Falam, mostram, interpretam do jeito que beneficie o imperialismo e o sionismo.
Por isso, durante esses 45 anos da revolução, a imprensa do mundo inteiro falou contra o Irã, mostrou as coisas negativas sobre o Irã, mostrou um país atrasado, um país que está sempre em guerra, um país que não dá direito ao povo, não tem eleições, [no qual] mulheres não têm direitos. Sempre mostrando isso.”