Considerado um dos mais importantes pintores do Romantismo francês, Eugène Delacroix ( 26 de abril de 1798-13 de agosto de 1863) foi um pintor que ousou conseguir o que poucos fizeram que foi sublimar os seus sentimentos em cores, abrindo mão, muitas vezes, de temas. Segundo Delacroix: “nem sempre a pintura precisa de um tema”.
Apesar de não considerar os temas uma coisa essencial, Delacroix, chegou a ser acusado até mesmo de ser “panfletário” devido a sua preocupação política refletida nas suas obras.
Umas das telas mais famosas, a pintura “A Liberdade Guiando o Povo” de 1830 foi adquirida pelo estado francês para impedi la de ser exibida ao público depois de em suas poucas exibições haver impressionado aqueles que a viram pela intensa vivacidade da sua retratação da Revolução francesa cuja bandeira trêmula nas mãos de uma robusta mulher que seria uma representação da liberdade a qual também trazia na outra mão uma baioneta enquanto pisava nos corpos dos inimigos derrotados fazia uma extraordinária exaltação dos revolucionários.
Além da política, as obras literárias e teatrais de artistas como William Shakespeare e Lord Byron também foram de grande inspiração para as telas de Eugène, dando origem a quadros como “Hamlet com Horatio” de 1839 e “A Barca de Dante” de 1822, dentre outras.
Também foi muito inspirado pela música, chegando a afirmar que “nada se compara à emoção causada pela música; que ela expressa nuances incomparáveis de sentimento”, sendo essa arte sem dúvida uma das suas grandes fontes de inspiração e à qual prestou homenagem com quadros como “Fréderic Chopin” de 1838. Delacroix morreu aos 65 anos de idade enfermo de tuberculose. O pintor passou seus últimos dias recluso em seu ateliê em Paris, que posteriormente seria transformado em um museu que hoje abriga diversos desenhos, esboços e pinturas do artista, além de objetos pessoais.