A Universidade de Columbia, em Nova Iorque, decidiu que todas as aulas dessa segunda-feira (22) fossem feitas de maneira virtual. Minouche Shafik, presidente da instituição, determinou, em comunicado oficial, que apenas os funcionários essenciais para a manutenção da universidade se apresentem ao trabalho e que os alunos que não são moradores do campus não compareçam às aulas.
E o que teria feito a universidade tomar essa decisão? As manifestações que aconteceram no campus nos últimos dias em defesa do povo palestino e contra o genocídio que “Israel” está perpetrando na Faixa de Gaza. A desculpa utilizada pela instituição para tomar esta medida, assim como é comum em qualquer campanha favorável ao sionismo, é a de que os protestos estariam atraindo supostos grupos antissemitas.
Fato é que a situação na Columbia está extremamente radicalizada, algo que faz com que os diretores da instituição, servindo aos interesses do imperialismo, sejam obrigados a frear a mobilização em defesa da Palestina. Tanto é que, na semana passada, agentes do Departamento de Polícia de Nova Iorque invadiram o campus e prenderam mais de 100 pessoas que estavam se manifestando contra o genocídio em Gaza.
Ainda nos Estados Unidos, em Connecticut, na Universidade de Yale, na manhã de segunda-feira (22), 47 estudantes foram presos também por manifestações em defesa da Palestina. No caso de Yale, os estudantes protestavam contra os investimentos da instituição em fabricantes de armas militares.
“A universidade tomou a decisão de prender os indivíduos que não deixariam a praça com a segurança de toda a comunidade de Yale em mente e permitir o acesso às instalações da universidade por todos os membros de nossa comunidade”, afirmou a representação de Yale.