Na madrugada do último domingo (21), no Hospital Regional de Samambaia, em Brasília, um bebê morreu após a mãe, que estava em trabalho de parto, ficar 30 horas aguardando por atendimento médico.
Segundo os pais do recém-nascido, a mãe foi mandada de volta para casa duas vezes antes de ser internada, mesmo sentindo contrações desde a manhã do sábado (30). Após ser internada, já na noite do mesmo dia, um dos médicos afirmou que o bebê estava em uma posição errada para a realização do parto normal.
“A minha esposa pediu para fazer a cesárea. Porque ela estava sem força. Mas eles insistiram no parto normal. Mas ela não conseguia. Ela tava sem forças, não conseguia empurrar a criança”, afirma o pai da criança.
Os médicos ainda tentaram reanimar a criança após ela sair “roxa”, segundo a avó, da barriga da mãe. “Levaram ela pra um bercinho e ficaram tentando reanimar ela, e nada. Aí depois eles me botaram pra fora da sala e disseram que vinham conversar comigo. Aí veio o pediatra falar que tinha acontecido uma fatalidade”, relata.
O caso mostra como a mulher não tem direito a nenhum tipo de atendimento médico de qualidade. Algo essencial principalmente quando a gravidez está envolvida. Mostra, além disso, como o governo Ibaneis quer destruir a saúde pública, não garantindo a estrutura mínima para que os profissionais da área possam atuar nos hospitais e postos públicos.