Passados 10 dias da Operação Promessa Cumprida, não há mais dúvidas de que ela foi um verdadeiro sucesso. A República Islâmica do Irã, outrora atacada em sua Embaixada na Síria por “Israel”, lançou mísseis e VANTs (veículos aéreos não tripulados) contra a entidade sionista, de forma que pôs fim à hegemonia militar israelense na região. Foi a primeira vez em 51 anos que “Israel” foi atacado dessa maneira, e o estrago só não foi maior porque a entidade sionista, junto com seus aliados, gastaram mais de 1,3 bilhão de dólares para minimizar o impacto da operação iraniana.
O Irã conseguiu, em poucas horas, estabelecer uma nova ordem na região. Se antes “Israel” era temido por todos os países de seu entorno, graças à sua superioridade militar, agora o Irã mostrou o seu poder de dissuasão. Isto é, que atacar o país persa pode ser muito, muito perigoso para quem o fizer.
A operação iraniana favorece, em primeiro lugar, a defesa dos países que já estão em luta contra “Israel”, como é o caso do Iêmen. Ao mesmo, também encoraja os povos a se libertarem da dominação imperialista, como estão fazendo bravamente os palestinos. Por fim, ao demonstrar ser uma potência militar, o Irã também pode causar uma mudança econômica profunda na região.
É notório que, no Oriente Médio, concentram-se incontáveis reservas de petróleo. Países com economia muito pouco diversificada, como Arábia Saudita e Catar, se tornaram muito ricos por causa do “ouro negro”. Na medida em que o Irã demonstrou sua capacidade de se defender, ele também demonstrou que o imperialismo, em grande medida, é seu refém no trânsito de grande parte do petróleo mundial.
Caso o Irã decida utilizar seu efetivo militar para fechar o Estreito de Ormuz e o Golfo Pérsico, todo o petróleo produzido na região corre sério risco de não chegar a seu destino. Em outras palavras, a ação do Irã abriu o caminho para que os países atrasados desenvolvam uma política ainda mais independente no que diz respeito a essa que é uma das maiores riquezas naturais do mundo, que já foi, inclusive, a motivação por trás de incontáveis conflitos.