Há 63 anos, o governo dos EUA, liderados pelo presidente democrata John Kennedy, tentaram derrubar o governo de Fidel Castro.
Seguindo a política imperialista de não admitir regimes que não obedecessem à cartilha americana do funcionamento do mundo, a CIA(Central de Inteligência Americana), organizou a invasão de Cuba utilizando não seus próprios soldados, mas um grupo de exilados residentes em Miami, ou seja, buchas de canhão, tal qual fazem hoje com os Ucranianos.
A invasão da Bahia dos Porcos foi concebida ainda no governo do republicano Dwight D. Eisenhower e mantida pelo seu sucessor democrata, Kennedy, tido por muitos como o mais progressista presidente americano. Nada mais falso.
A operação foi preparada com bastante antecedência, com a aprovação da presidência e o planejamento e execução sob controle da CIA, quanto então foram recrutados e treinados dissidentes do regime cubano que fugiram para Miami por ocasião da vitória da Revolução, que tomara o controle da Ilha em 1º de janeiro de 1960.
Foram alocados recursos da ordem de 13 milhões de dólares a invasão, sem contar o apoio logístico da Marinha e da Força Aérea Americana, além da ajuda de outros governos da região que eram controlados por outras ditaduras alinhadas com os EUA.
A operação foi iniciada em 17 de abril de 1961, com os norte-americanos contando com uma força mercenária de cerca de 1400 homens, barcos de transporte e desembarque, tanques de guerra, armamento pesado e apoio aéreo de aviões descaracterizados, o principal desembarque ocorreu na praia Giron.
Para azar dos americanos, o serviço de espionagem cubano e soviético já sabiam da pretensão de invasão ilha e estavam de sobreaviso.
Ouve intensos combates entre milicianos cubanos que se encontravam na região e que deram o alerta ao governo da presença de embarcações já bem no início da operação.
Soldados e tanques, bem como apoio aéreo foram deslocados para o local da invasão.
A invasão, no entanto, estava fadada ao fracasso mesmo antes de seu início, pois não tiveram o apoio da população cubana e nem o apoio direto das forças armadas americanas, tanto assim que em 19 de abril, os destroyers USS Eaton (renomeado Santiago) e USS Murray (renomeado Tampico) foram até a Baía de Cochinos para tentar evacuar algum sobrevivente, mas foram alvos de tiros de armas pequenas vindos da costa e tiveram de recuar, pois tinham ordem para não revidar caso fossem atacados.
Finalmente, em 20 de abril, sem apoio e sem munição, os mercenários tiveram que se render as forças armadas cubanas.
Em consequência dos confrontos, 114 mercenários morreram em combate, entre os cubanos as estimativas de mortos feridos e desaparecidos ficou entre 500 e 4000, é preciso frisar, no entanto, que os cubanos foram atacados com bombardeios armados com bombas de napalm, as mesmas armas incendiárias usadas no Vietnã e que matou muitos civis durante o conflito.
Alguns mercenários cubanos foram executados imediatamente, pois foram reconhecidos como partícipes de atos de tortura e terrorismo em ocasiões anteriores à Revolução Cubana.
Cerca de 1.202 da brigada de invasores foram feitos prisioneiros, destes alguns foram executados por tortura e outras, atos contra o governo, outros foram condenados a penas de 30 anos de prisão, e 1.113 trocados por US$ 53 milhões de dólares em comida e remédios, vindos de doações privadas e outras companhias em troca de benefícios fiscais.
O completo fracasso da operação de invasão de Cuba causou profunda revolta no governo americano, que como resposta aprofundou cortou completamente as relações com o governo comunista de Cuba.
Politicamente, a derrota incentivou outros movimentos revolucionários na América Central e do Sul, obrigando os EUA a darem vários golpes de estado por todo o sub-continente americano.
Cuba e seu regime socialista, apesar do embargo, continua firme e forte, dando a seu povo o melhor possível diante das situações atuais.