No sábado (13), o Irã lançou um ataque sem precedentes em resposta a um ataque israelense contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria. Este ataque resultou na morte de Mohammad Reza Zahedi, um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã. Além de Mohammad Reza Zahedi, os comandantes mortos incluem Mohammad Hadi Haji Rahimi, nº 2 de Zahedi, e outro comandante sênior. Os três fariam parte da Força Qods, o braço de operações exteriores do grupo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netaniahu, caracterizou o ataque como um golpe político contra o Irã, que há muito tempo tem se posicionado em defesa dos direitos palestinos.
Como resposta, as forças iranianas direcionaram sua retaliação à base aérea de Nevatim, identificada como o ponto de origem do ataque israelense ao consulado iraniano em abril.
Apesar dos esforços do Domo de Ferro, apoiado militarmente pelos Estados Unidos, uma quantidade de mísseis lançados pelo Irã conseguiu atingir seus alvos designados.
É importante ressaltar que o ataque iraniano ocorreu em meio à devastação contínua de Gaza por parte de Israel, que já custou milhares de vidas, sendo 13.800 crianças e 9.500 mulheres e já deixou mais de 70 mil feridos. A destruição indiscriminada de bairros inteiros, escolas e hospitais por parte de Israel agravou ainda mais a crise humanitária na região.
Em contraste, o Irã conduziu seu ataque dentro do Direito Internacional de autodefesa, e evitando deliberadamente alvos civis.
É totalmente legítimo o direito do Irã de se defender e entender que qualquer tentativa de retaliação será respondida de forma apropriada, incluindo a resistência a esforços para arrastar aliados do país para o conflito contra Israel.