Na teça-feira (9), a Petrobrás anunciou que encontrou uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial. A descoberta foi confirmada no poço exploratório Anhangá, situado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte. A acumulação foi localizada em uma profundidade de 2.196 metros e em um ponto localizado a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
A exploração de petróleo na Margem Equatorial levantou a fúria de grupos ambientalistas em 2023, porque supostamente afetariam o bioma amazônico. Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a mando de Marina Silva, ministra ligada a George Soros, negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59. A Petrobrás reagiu e a disputa segue.
A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.
A Petrobrás divulgou uma nota sobre o grande feito: “as atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética“.