Diante do covarde bombardeio israelense contra o consulado do Irã na Síria, no último dia 1º de abril, que matou 13 pessoas, entre elas diplomatas iranianos, sete militares da Guarda Revolucionária Islâmica, além de civis sírios; o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou: “não tendo conseguido destruir a vontade da frente de resistência, o regime sionista colocou os assassinatos cegos de volta em sua agenda para se salvar”.
A avaliação de Raisi é correta. O atentado revela o desespero de “Israel”, que se afunda cada vez mais no lamaçal criado por ele mesmo em Gaza. Com isso, o sionismo lança mão com mais intensidade de um método tradicional de ação: a covardia. Assim, não com uma luta aberta, mas com métodos obscuros e criminosos, os sionistas assassinaram milhares de inimigos políticos.
A derrota de “Israel” é certa, ao menos no terreno político. Até a imprensa imperialista admite tal fato. Um dos porta-vozes do imperialismo no Brasil, O Estado de S. Paulo, publicou editorial afirmando que O Hamas venceu. A avaliação utiliza como ponto de partida o que o jornal chama de isolamento de “Israel” na aprovação do cessar-fogo na Organização das Nações Unidas (ONU), quando até os norte-americanos votaram favoravelmente.
A opinião do jornal brasileiro é a mesma do imperialismo: “Israel” está isolado. A opinião pública mundial repudia suas ações em Gaza, mesmo com toda a poderosa máquina de propaganda sionista funcionando. A derrota política é certa.
Junta-se a isso os enormes protestos que novamente tomaram conta das ruas de “Israel” contra o governo Netaniahu no último domingo (31). O governo está por um fio. A crise é profunda.
Militarmente falando, é patente a dificuldade, muito bem apontada pelo presidente iraniano, de enfrentar a resistência. Até agora, o único resultado que “Israel” obteve foi o massacre de civis. Algo que, numa guerra, não é uma vitória militar, mas uma demonstração de fraqueza.
Ainda não é possível dizer que o Hamas já venceu, de maneira definitiva, a guerra e que “Israel” está derrotado militarmente. No entanto, mesmo se “Israel” conseguisse uma virada na situação, realidade que parece muito distante, o Hamas e o restante da resistência já venceram. Nem sempre, na história, o vencedor no campo de batalha é o verdadeiro vencedor da guerra. E, nesse sentido, parece que “Israel” já está derrotado.
A derrota de “Israel” é uma vitória de todos os povos do mundo. Será a derrota de um dos mais importantes sustentáculos da dominação imperialista.