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Dia de Hoje na História

4/4/1933: começa a Revolta da Madeira contra Ditadura Nacional

Crise econômica, censura e dissolução da Constituição foram os motivos do levante militar que teve apoio da população na ilha da Madeira, em Portugal

No dia 4 de abril de 1931 teve início o levante militar que ficou conhecido como Revolta da Madeira, na Ilha da Madeira, em Portugal. O levante militar se insurgiu contra o regime da Ditadura Nacional, implantado pelo golpe de Estado de 28 de maio de 1926, que suspendeu a Constituição portuguesa de 1911, e que perdurou até 1933.

A revolta, segundo consta, se alastrou por ilhas dos Açores e Guiné Portuguesa. Também houveram tentativas de levantes militares em Moçambique e Ilha de São Tomé, mas estes não foram bem sucedidos.

Conforme consta no site da Região Autônoma de Madeira, a operação do lavente foi chefiada pelo tenente médico Manuel Ferreira Camões. A ação tomou o Palácio de São Lourenço e os coronéis Silva Leal (Alto Comissário do Governo) e José Maria de Freitas (Governador Militar). O Governador Civil de então, o capitão Almeida Cabaço, também foi detido.

Entre os pedidos dos revoltosos estavam o retorno do sistema constitucional e o fim da censura. De imediato os revolucionários obtiveram apoio da população, que dois meses antes já tinha feito o levante que ficou conhecido com Revolta da Farinha, também contra o governo da Ditadura Nacional.

“A grave crise econômica que assolava a Madeira e o manancial de deportações para a (e da) ilha, de dissidentes civis e militares que participaram em movimentos insurrecionais (o primeiro ocorreu na Revolta de fevereiro de 1927), propiciou o sucesso inicial da Revolta da Madeira, que teve repercussão em algumas ilhas dos Açores, Guiné Portuguesa, Moçambique e São Tomé, que se sublevaram no mesmo mês. A rápida supressão desses levantamentos por parte do regime, a incapacidade de replicar o pronunciamento no continente e a falta de armamento, irá hipotecar o sucesso da Revolta da Madeira, que, todavia, foi a de mais longa duração (28 dias)”, descreve o programa que assinalou os 90 anos da revolta da Madeira em Portugal em 2021.

No curto espaço de tempo do levante, foi possível reunir partidos locais e formar um governo provisório conhecido como Junta revolucionária da Madeira. As primeiras ações do grupo foram a revogação do decreto da fome, concessão de empréstimos à indústria de bordados, proibição de especulação sobre bens essenciais e ativação de mecanismos de defesa.

O Estado reagiu e no dia 7 de abril as forças de Lisboa partiram para a ilha para dominar o levante. “As hostilidades começam no dia 26 de abril, no Caniçal, e nos dias que se seguem ocorrem novos ataques na Calheta, Funchal e Machico, sendo que os combates mais intensos ocorreram no dia 30 (Caniçal e Machico). No dia seguinte, as forças governamentais bombardearam o litoral Sul e tomaram Machico, onde se verificam mortos e feridos. No dia 2 de maio, perante a incapacidade de contrariar as forças governamentais, que atacavam por terra, mar e ar, a Junta Governativa da Madeira, reunida no Porto Novo, envia um telegrama de rendição ao ministro da Marinha. Seguir-se-iam represálias de ordem econômico-financeira e penas de degredo em África”, finaliza o texto comemorativo.

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