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Oriente Médio

‘Israel’: crise econômica e política leva manifestantes às ruas

A atuação da resistência armada palestina contra o Estado fictício de "Israel" pode levar ao colapso da ocupação sionista

Neste domingo (31), manifestantes se reuniram em frente ao Knesset, centro do Poder Legislativo israelense, e bloquearam a principal estrada de Jerusalém. Segundo os organizadores, cem mil pessoas participaram dos atos, o maior contingente desde o início do conflito com o Hamas, em outubro. Muitas armaram tendas nos arredores do Knesset, prometendo continuar as manifestações no local até quarta-feira.

As três principais reivindicações dos manifestantes são a libertação das pessoas sob custódia da Resistência Palestina em Gaza, novas eleições para o parlamento israelense e a saída imediata do primeiro-ministro de “Israel”, Benjamin Netaniahu. Na noite de sábado (30), já haviam sido registrados protestos maciços em Telavive, Cesaréia, Jerusalém, Raanana e Herzliya, no que foi considerado uma das maiores manifestações contra o governo.

Ainda no sábado à noite, os cantos das multidões, os sons de apitos, buzinas e tambores tomaram conta da capital, Telavive. Os manifestantes agitavam bandeiras e carregavam fotos dos reféns israelenses com cartazes que diziam “Acordo de [libertação dos] reféns agora”. Outros deixavam clara a raiva dirigida contra Netaniahu pela situação das pessoas mantidas em cativeiro — um deles dizia “Destitua-o, salve-os”. As manifestações realizadas na rua Kaplan, na capital, também pediram a realização imediata de eleições gerais. 

Durante a noite de protestos houve confronto com a polícia, os manifestantes fizeram fogueiras e tentaram bloquear rodovias. Os policiais usaram um canhão de água para dispersar alguns manifestantes de uma rodovia e efetuaram 16 prisões, segundo a polícia. Conforme o jornal brasileiro O Globo, na cidade costeira de Cesaréia, os manifestantes desafiaram as barricadas policiais para marcharem em direção à casa de Netaniahu, gritando palavras de ordem contra o governo: “não há perdão para o anjo da destruição” e “não há perdão para os fracassos e o abandono”.

Na segunda quinzena de fevereiro, o jornal russo Sputnik publicou uma matéria informando que a economia do Estado fictício de “Israel” teria encolhido em quase 20% desde a operação Dilúvio de Al Aqsa. No dia 12 de março, o norte-americano The Wall Street Journal publicou uma matéria que o principal motor da economia israelense, o setor de tecnologia, está em baixa e sob risco de entrar em colapso.

Nesta segunda-feira (1º), outro jornal, o libanês Al Mayadeen, informou que o presidente do Banco de Israel, Amir Yaron, confirmou que o aumento dos gastos do orçamento militar de “Israel” está pondo em perigo a economia, uma vez que a proporção da dívida em relação ao produto interno bruto (PIB, a soma das riquezas de uma sociedade) disparou para 61,9% no final do ano passado. Ou seja, “Israel” aumentou o seu orçamento militar para 2024 no meio da sua campanha de genocídio em Gaza, que já levou ao martírio de 32.845 pessoas e deixou outras 75.190 feridas.

Outra preocupação do governo israelense é com a entrada e saída de produtos, visto que há um grande movimento global de boicote a “Israel”. A cada dia que passa, o extermínio da população palestina vai ficando mais clara ao mundo inteiro, traz consequências graves para economia, comércio e investimento para o Estado fictício de “Israel”.

Outro ponto de crise é a questão energética israelense. No dia 1º, o Al Mayadeen publicou uma nova matéria alertando mais uma vez de que “um cenário ruim para o setor energético” de “Israel” caso o conflito com o Hesbolá se alastre. O diretor do Departamento de Emergência e Continuidade Funcional da Empresa Israelense de Gestão de Redes de Eletricidade Noga, Bar Cohen, previu que “Israel” sofreria cortes de energia devido a uma guerra com o Norte.

Com 70% da eletricidade em “Israel” oriunda do abastecimento de gás natural, Cohen sublinhou que imediatamente após o início da guerra, as três plataformas de gás natural onde a eletricidade é produzida, irão parar. A eletricidade será produzida a partir de combustíveis alternativos e esta questão causará grandes danos aos sistemas de produção e distribuição de eletricidade através as redes, seja por lançamento de mísseis, pela eclosão de incêndios ou por danos nos postes e nos transformadores. 

Em fevereiro, a imprensa israelense informou o corte de energia que atingiu 120 mil pessoas em diversas áreas da Palestina ocupada: Ashkelon, Petah Tikva, Herzliya, Dimona, Rishon Lezion, Safed e Haifa, e outras, após ataques perpetrados pelo partido revolucionário libanês Hesbolá. Também foi alvejada a principal estação de distribuição de energia em Kiryat Shmona, em resposta a um ataque semelhante ao Líbano. Os meios de comunicação israelense estimaram que os ataques do Hesbolá no norte custaram ao governo israelense US$ 1,6 bilhões em perdas.

Fica claro que os ataques do Hamas e da resistência armada palestina e outras contra o imperialismo no Oriente Médio, contra “Israel” está causando uma crise econômica sem precedentes. Nesse momento a atuação histórica da resistência está colocando em xeque a ocupação sionista e seu sistema econômico, além disso, provavelmente irão colocar todos os inimigos do povo palestino para correr da região.

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