No dia 3 de abril nascia no Rio de Janeiro, Ademir da Guia, um dos maiores craques do futebol brasileiro, nascido no mês de abril de 1942, filho de Domingos da Guia, outro grande jogador brasileiro, diferente de seu pai, que era zagueiro, Ademir era meio campista, apesar de ter atuado também como centro avante.
Começou sua carreira no Bangu, time que o revelou para o mundo, depois em 1961 foi para o Palmeiras, time que pagou o valor mais alto pelo jovem jogador que naquele momento tinha apenas 19 anos. Outros grandes clubes, inclusive estrangeiros, disputavam seu passe.
Nunca mais jogou por outro time, a não ser pela seleção brasileira, onde foi sucessivamente boicotado nas listas de convocação, jogando apenas 11 jogos com a camisa da seleção brasileira.
No Palmeiras foi campeão brasileiro cinco vezes, e no campeonato paulista também cinco vezes, junto com o Cruzeiro, o Palmeiras de Ademir, foi o único time a fazer frente ao Santos de Pelé.
Teve que se aposentar precocemente em 1977, aos 35 anos, devido a problemas respiratórios.
Sua genialidade transcendeu as quatro linhas, e a arte de Ademir virou música, filme, e poesia nas mãos de outro craque da literatura brasileira:
Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o.
Ritmo morno, de andar na areia,
de água doente de alagados,
entorpecendo e então atando
o mais irrequieto adversário.
João Cabral de Melo Neto
Parabéns a um dos nossos grandes nomes do futebol, que ajudou a levar o nome do Brasil aos quatro cantos do mundo.