O general Moshe Dayan é uma espécie de símbolo das Forças Armadas Israelenses edo próprio regime israelense. Foi comandante na Guerra Árabe-Israelense de 1948, Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de “Israel” (1953-1958) durante a Crise de Suez de 1956 e Ministro da Defesa durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Ingressou no Haganá, uma das milícias fascistas formadas pelos sionistas antes da formação do Estado de “Israel”, com menos de 15 anos e serviu as forças britânicas contra os árabes durante a Revolução Palestina de 1936-39. Como oficial do Palmach, as forças regulares de combate do Haganá, lutou no Líbano na Segunda Guerra Mundial quando perdeu um olho, o que fez com que adotasse um tapa-olho.
Como vemos, Moshe Dayan, considerado um herói na história de “Israel”, é uma personalidade fascista, carniceira e intimamente subserviente aos interesses do imperialismo; o que aliás é regra entre as personalidades importantes da história de “Israel”.
Toda essa história de ações é apresentada pelos sionistas como exemplo de um grande homem que lutou pelos israelenses. No entanto, Moshe Dayan não era mais do que um fascista determinado, como tantos que apareceram na história. É natural que o fascismo, por características próprias dessa ideologia, diferentemente da direita tradicional, acabe recrutando pessoas mais decididas, ainda que essa energia esteja voltada para os mais sinistros objetivos.
E como todo fascista, portanto como todo sionista, Moshe Dayan era um criminoso. Conforme relatado no livro A 3ª Guerra, de Robert J. Donovan (1967), Dayan foi educado muito cedo a odiar os árabes e usar de violência contra eles:
“Quando Moshe tinha seis anos de idade, sua família mudou-se, para ajudar a fundar uma cooperativa agrícola em Nahalal (…). Ali, ele aprendeu a atirar nos árabes e a lavrar a terra. Aos 12 anos, Moshe dava serviço de sentinela contra beduínos errantes e aos 14 começou o seu adestramento no Haganáh” (A 3ª Guerra, Robert J. Donovan).
O caso de Moshe Dayan é interessante, pois revela que a própria formação do sionismo, não apenas teoricamente, mas no movimento prático, se deu por meio do agrupamento de fascistas que têm em comum o ódio aos árabes e colecionam crimes contra o povo palestino.
Como vimos, a história de “Israel” é a história de crimes de guerra e de crimes políticos, mas também de crimes comuns: roubos, assassinatos, estupros. E esses criminosos sionistas são parte do aparato central dos governos, do regime, do Estado: generais, ministros, presidente, primeiro-ministro. Esse é o caso do símbolo e herói israelense Moshe Dayan, um criminoso comum que recebeu poder para cometer crimes oficialmente, em nome do Estado sionista.