Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), começou sua tradicional Análise Política da Semana destacando o problema da liberdade expressão e do agravamento do da censura. Esse problema não afeta apenas o Brasil, na Faixa de Gaza, o exército de ocupação sionista já assassinou, até o momento, 136 jornalistas que estavam denunciando o que vem acontecendo.
Pimenta explicou que, para se cometer as atrocidades contra os palestinos, essa que vêm ocorrendo há décadas, é preciso ter o controle da informação, pois se as pessoas ficarem sabendo do que está acontecendo ali, dificilmente se poderá colocar em prática aquilo que programavam. Uma ditadura precisa censurar a imprensa, ou não conseguirá se sustentar. Ela precisa censurar todo tipo de manifestação democrática, popular e independente de caráter político.
Até recentemente, as informações acerca do massacre contra o povo palestino só vinha da grande imprensa. Hoje, qualquer pessoa pode pegar um celular, fazer um vídeo e publicá-lo na Internet a um custo baixo, o que é um enorme progresso para a humanidade de conjunto.
Nesse sentido, Pimenta explicou como a Internet é importante. Há não muito tempo, quando queríamos saber o que se passava em outros países, era preciso comprar jornais importados, que eram caros, era preciso gastar muito dinheiro. Atualmente, temos acessoa à informação vinda até diretamente do Hamas, temos acesso a jornais que atuam dentro da Palestina, o que causa desespero nos sionistas.
As campanhas do PCO
Na Análise desse sábado, também foram destacadas as campanhas do PCO. Uma delas se dá por meio de um abaixo-assinado pela Rejeição do PL das Fake News (PL 2630/2020), que pode ser acessado por meio deste link. Além disso, o Partido está fazendo uma campanha em defesa do povo palestino e uma campanha de filiação.
O impasse do governo Lula
Pimenta também discutiu a reunião ministerial que Lula fez na última semana. O presidente brasileiro cobrou de seus ministros que façam mais propaganda, no entanto, o presidente do PCO relembra que o PT não tem um jornal nem mesmo na Internet. “A Igreja Universal, que é uma espécie de modelo das igrejas evangélicas, tem 64 estações de rádio, mais o culto semanal, tem uma rede de interação social. A esquerda não tem nada”, disse.
Rui analisou que os governos anteriores do PT tinham programas que eram paliativos, não modificaram o fundamental. Mexeram apenas na superfície dos problemas do povo brasileiro. Nesse sentido, ele destacou que precisamos, no Brasil, de uma política que atinja coisas fundamentais, como reverter as privatizações. “A Petrobrás, por exemplo, está sendo sangrada por pessoas estrangeiras. Os acionistas recebem milhões enquanto o brasileiro morre de fome”.
Foi explicado na análise que os primeiros governos petistas foram favorecidos pela venda de commodities, mas que o capitalismo entrou em crise desde 2008 e não conseguiu escapar. É preciso, portanto, de alternativas, pois o País pode ser pego de surpresa em uma crise. É preciso entrar em luta contra os vampiros da economia, e isso não será feito de maneira institucional. Para tal, Pimenta explica que seria preciso estatizar as grandes empresas estatais, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, é necessário haver uma mobilização política, um enfrentamento.
Outro momento importante desta Análise foi quando Rui Pimenta demonstrou como a esquerda se tornou uma defensora do STF e que, hoje, graças ao identitarismo, passou a defender a prisão de pessoas para se combater os problemas sociais. Não é para menos, pois para o identitarismo os problemas sociais não são problemas sociais, mas individuais.
Pressionado pelo identitarismo, o governo Lula resolveu investir no aparato repressivo, e esse sistema pode muito bem se voltar contra o governo. Graças ao identitarismo, Pimenta diz que a esquerda foi igualada ao bolsonarismo, que não quer saber de habeas corpus, saída temporária dos presídios, fiança. Enfatizou que é preciso lutar não pelo aprisionamento, mas por condições humanas, penas leves e pela recuperação dos indivíduos.