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Guerra da Ucrânia

Ucrânia na espiral da morte

Especialista na Arte da Guerra, Comandante Robinson Farinazzo, explica como a falta de armamentos e a imensa dificuldade de recrutar e treinar novos soldados põem a Ucrânia diante

Os dados apresentados pelas diversas fontes de informação sobre o número de combatentes mortos entre as Forças Armadas da Ucrânia, desde o início da Operação Especial da Rússia na região leste ucraniana, o Donbass, são muito variadas e contraditórias. Os números podem variar, conforme a fonte da informação, de 30 mil a 500 mil baixas entre os soldados ucranianos.

Nesse sentido, vale sempre lembrar a máxima: a primeira vítima de uma guerra é sempre a verdade. A guerra ideológica, a propaganda de guerra, as táticas dos Estados Maiores de países em guerra, não têm e não podem ter, qualquer compromisso com a verdade factual.

Por exemplo, o comediante presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, há pouco tempo atrás, declarou que seriam 30 mil os militares ucranianos mortos nos últimos dois anos e poucos meses, desde o início da guerra da Ucrânia contra a Rússia.

Contudo, diversos especialistas sérios nas questões da guerra já avaliaram em mais de 500 mil combatentes o número de baixas nas forças armadas ucranianas.

Nesta última segunda feira, 18 de março de 2024, em sua habitual participação no programa “Análise Internacional”, o especialista em estratégia militar e analista de geopolítica, Comandante Robinson Farinazzo (ver também o programa “Arte da Guerra”) analisou a “débâcle” da Ucrânia, que ela se dará, provavelmente, em decorrência de três fatores fundamentais:

O primeiro é a questão da logística industrial. A Rússia produz três vezes mais mísseis e munição de artilharia do que o Ocidente – OTAN e EUA – que sustentam e patrocinam a Ucrânia nesta guerra. Essa é uma guerra basicamente de artilharia, os carros de combate e mesmo a aviação, ficaram em segundo plano.

O segundo problema é a questão demográfica. A falta de gente para recrutar é crucial. A população da Ucrânia passou de 50 milhões para 36 milhões nos últimos anos. A Ucrânia não tem mais como mobilizar gente para a guerra.

O terceiro ponto explicitado por Robinson Farinazzo é o que os especialistas na arte da guerra chamam de “A Espiral da Morte”; diante dessa escassez de homens para recrutar para a guerra e do tempo escasso de treinamento, a Ucrânia coloca no front soldados mal treinados e de rendimento pífio. Nos EUA leva-se 30 meses para formar uma brigada de combate; no momento atual a Ucrânia reserva apenas 10 meses de treinamento pra uma brigada, tempo insuficiente.

A Rússia se move com paciência de enxadrista experiente. Agora ainda mais estimulada pela acachapante vitória eleitoral de Putin. Unidade nacional e moral elevada são elementos vitais para a vitória em uma guerra.

Assim, toda a conjuntura leva a concluir que a Ucrânia, sem armas, sem homens e sem moral, move-se para uma derrota iminente; afinal, quem a apoia é um imperialismo decadente, sem legitimidade e desmoralizado diante do resto do mundo.

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