No sábado (16), uma criança de 13 anos foi assassinada pela polícia militar no bairro do Jordão, na zona sul de Recife. O menino Darik Sampaio da Silva foi atingido por balas da PM. Ele era atleta de futsal do Sport Clube do Recife desde os 7 anos.
Segundo a família, ele estava conversando com duas colegas quando criminosos e policiais chegaram atirando para todos os lados. O menino e as colegas chegaram a entrar na casa de uma delas para se proteger, o adolescente já tinha sido atingido. As balas atingiram sua perna e cintura. As viaturas da PM não pararam para socorrê-lo.
A PM afirmou que tentou socorrer o menino e eles não fizeram nada fora do protocolo. A polícia afirmou que houve uma perseguição de criminosos e “o acompanhamento culminou em uma rua sem saída no bairro do Jordão, em Recife, onde os suspeitos colidiram os veículos, desembarcaram e começaram a disparar contra os policiais, que reagiram”.
A história muito difícil de acreditar não explica porque os agentes da segurança não dão valor nenhum a vida da população e trocam tiros em bairros, residências onde há crianças nas ruas. A Polícia Militar age como verdadeiros sionistas, matam qualquer trabalhador e não tem problema nenhum em assassinar crianças.
A imprensa por sua vez notícia como “bala perdida” assassinou o menino. Mas independente da bala ser dos criminosos ou da polícia, a culpa final recai sobre a polícia. Os policiais teriam a obrigação de impedir que tiroteios acontecessem em zonas residenciais. Ou seja, a maior parte das operações de polícia são ilegais.
A verdade é que a PM é uma verdadeira máquina de assassinato da população negra. A própria troca de tiros com os ditos criminosos jã não é um comportamento normal. A versão da PM não deve ter credibilidade nenhuma, pois a polícia é conhecida por mentir sobre os seus constantes assassinatos que acontecem principalmente nas favelas e bairros operários do Brasil.
A população negra é a sua maior vítima. A PM é o principal fator concreto de opressão do negro na sociedade. Os identitários podem levantar milhões de pautas, mas nenhuma delas é mais importante que a população negra não correr o risco permanente de morte nas mãos da polícia.
É preciso ter uma política clara em relação à polícia. A máquina de matar que é a polícia militar deve ser dissolvida. Os problemas da criminalidade são problemas sociais e não questão de repressão. Ao mesmo tempo, o guarda dos bairros deve ser feito pela própria população eleita democraticamente. População que deve ter direito ao armamento, até para se defender da própria polícia.




