Em Minas Gerais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MST) organizou uma ocupação de latifúndio no dia 8 de março. Foram 500 famílias que deram início ao assentamento. Essa é a primeira ocupação de terra do MST no ano de 2024. A terra ocupada em Minas Gerais fica localizada em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo uma liderança do estado, a ocupação foi uma resposta à lentidão do governo em atender as exigências dos trabalhadores rurais e ocorreu como “a alternativa mais legítima de lutar pelo direito à terra”.
Um pedido de reintegração de posse foi acionado na justiça, mas negado pelo órgão judicial. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou a suspensão da reintegração de posse e orientou à Polícia Militar a tomar ação contra os trabalhadores.
O MST, por sua vez, afirmou que os supostos proprietários “não conseguiram demonstrar que têm a posse da terra e não conseguiram comprovar a produtividade da fazenda, que está abandonada há quase uma década”.
Houve também uma ocupação de terras na Bahia. Cerca de 300 famílias ocuparam uma área da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) no dia 10/03. Os militantes do MST culpam a empresa pela falta de água na região. A Codevasf afirmou que a água disponível é ofertada para os agricultores regularmente registrados no empreendimento. Ou seja, os latifundiários.
É preciso declarar apoio total as ações de ocupação de terra do MST e de todos os movimentos de luta pela terra. A luta contra o latifúndio é crucial para dezenas de milhões de brasileiros que vivem nas zonas rurais do país. É crucial, na verdade, para toda a nação assolada pelo atraso e a violência do latifúndio.