Em 16 de março de 1968, durante a Guerra do Vietnã, o horror tomava conta do distrito de Sơn Tịnh, localizado na província de Quảng Ngãi, região sul do país. Cerca de 504 vítimas desarmadas – entre elas, idosos, mulheres grávidas e até mesmo crianças de colo – foram brutal e covardemente assassinadas por soldados norte-americanos. Um crime de guerra, foi o maior massacre de civis perpetrado pelas tropas inimigas.
Denúncias de que a área alegadamente seria um campo de refúgio vietcongue (guerrilheiros comunistas do Vietnã) alicerçaram o pretexto que motivou sua invasão, de helicóptero, por aproximadamente 100 integrantes da companhia Charlie, liderados pelo capitão Ernest Medina.
Na véspera do ocorrido, um sargento da companhia havia sido morto por uma mina terrestre. Por conseguinte, membros de um dos pelotões, à frente da qual estava o tenente William Calley, foram enviados à região.
O comando americano informou que, em busca de alimentos, seus habitantes, bem como os habitantes das aldeias vizinhas, deslocavam-se para o mercado local, interpretando-se, a partir disso, que aqueles que permanecessem em território seriam, dedutivamente, combatentes da FNL (Frente Nacional para a Libertação do Vietnã) ou simpatizantes.
“É o que vocês estavam esperando: uma missão de procurar e destruir”, disse Calley a seus subordinados, tão logo adentrou as aldeias. Em entrevista concedida ao jornalista Seymour Hersh, um dos militares revelou que “as ordens eram para matar tudo o que se mexesse”.
São esses mesmos instintos de dominação e limpeza racial que permeiam a mentalidade sionista que induz ao genocídio do povo palestino – em sua maioria, civis desarmados. À semelhança dos Estados Unidos da América, e com seu apoio, “Israel” conta com um poderio bélico muito superior ao dos palestinos, que resulta do poder financeiro do imperialismo.
Contudo, assim como ocorreu no Vietnã, em que o povo se levantou em armas e, através de um revolução, expulsou os Estados Unidos de seu território, o povo palestino também se levanta em armas contra “Israel”. E a Revolução Palestina não só expulsará os sionistas, mas varrerá o Estado de “Israel” e o sionismo da face da terra.