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8 de Março

Comitê de Defesa do Povo Palestino se solidariza com o PCO

Grupo destacou a censura contra o Partido em Brasília e em São Paulo, bem como a agressão da PM, convocada pela esquerda pequeno-burguesa, contra o PCO

Conforme vem sendo noticiado por este Diário, no ato do Dia da Mulher Trabalhadora na Avenida Paulista, em São Paulo, organizações da esquerda pequeno-burguesa impediram militantes do Partido da Causa Operária e do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo de falar no carro de som.

Frente ao protesto das mulheres de ambas as organizações, tais grupos ditos de “esquerda” exigiram que a Polícia Militar do estado reprimisse os militantes do PCO e do Rosa Luxemburgo. Atendendo ao chamado, os soldados fascistas de Tarcísio de Freitas (Republicanos) agrediram os militantes, roubando o faixão do PCO e detendo um de seus membros.

Em Brasília, ocorreu algo parecido, mas em menor escala. As mesmas organizações e partidos de esquerda pequeno-burguesa proibiram que a representante do coletivo Rosa Luxemburgo na capital federal se pronunciasse durante o ato. Assim como em São Paulo, foi a única a ser censurada.

Nessa quarta-feira (13), o Comitê de Defesa do Povo Palestino no Distrito Federal publicou uma nota prestando solidariedade ao PCO pelos acontecimentos de 8 de março, tanto em Brasília, quando na capital paulista. Confira, abaixo, o texto na íntegra:

Declaração de solidariedade ao PCO pelos acontecimentos no dia 8 de março de 2024

Nós do Comitê de Defesa do Povo Palestino no DF nos indignamos quando celebrávamos o 8M com espaço para fala das mulheres, quando o PCO representado pelo Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo através da militante Perci Marrara, que participavam para demonstrar sua solidariedade às mulheres Palestinas alvo principal do genocídio reprodutivo, e levaram uma carta (apresenta em anexo) para ser lida ao microfone, foi impedida de falar por representantes dos próprios grupos de esquerda que organizaram o ato. Controlavam a fala representantes do PSOL (Juntos) e do PT. Em São Paulo, onde também as mulheres do PCO foram impedidas de falar aconteceu um absurdo ainda maior, um episódio lamentável digno da direita fascista, além de colocarem uma linha masculina diante das Mulheres do PCO que carregavam cartazes denunciando a tentativa de silenciamento, a organização, de cima do carro de som e também no chão, convocou a PM fascista e assassina do governador bolsonarista/sionista Tarcísio de Freitas, para afastar e reprimir as companheiras(os) do PCO. Até mesmo a faixa do partido foi confiscada pela polícia a pedido desses setores, segundo informou a própria Polícia.

Nós do Comitê da Palestina no DF nos solidarizamos com a nossa companheira militante no Distrito Federal e com todos os camaradas do PCO sempre atuantes na defesa das causas justas e sociais e que, particularmente, no atual momento tem feito intenso trabalho de esclarecimento e defesa da população palestina diante do genocídio e contra toda calúnia, desumanização, mentiras elaboradas pela máquina de desinformação do sionismo contra os lutadores da resistência armada, instrumento legítimo de luta por libertação, por que não dizer, por sobrevivência e existência dos palestinos.

Lamentamos profundamente não somente por terem silenciado sua fala, mas pela falta de união dos partidos de esquerda em defesa das mulheres palestinas que estão sendo submetidas ao mais alto grau de violência e violações aos direitos mais básicos. Repudiamos veementemente a truculência exercida contra o grupo PCO ao convocarem a polícia, contra uma organização de esquerda, num ato de esquerda. Uma atitude que não faz parte da tradição da luta dos oprimidos. Gostaríamos imensamente de ter uma reconciliação em prol de todos os valores que precisam nos unir.

No Distrito Federal temos enfrentado diversos desafios em manter a defesa do povo palestino nas ruas, com pouca ou nenhuma adesão de boa parte das organizações da esquerda que atacou o PCO e tenta silenciar a sua voz. Neste Coletivo, que assina esta declaração, estão pessoas listadas pela ABIN/Mossad, vitimadas, perseguidas pelas garras do sionismo que se perpetua no Estado brasileiro e não podemos aceitar que isso se desenvolva também entre nós, na esquerda, do lado dos que se colocam no campo da luta dos oprimidos.

Viemos através desta expressar a nossa intenção sincera em buscar unificar em uma só voz os progressistas e esquerdistas e lembrar da necessidade de ampliarmos o diálogo para além do nosso próprio campo, esclarecendo e denunciando as mentiras e assédio contra todos que não se calam diante da violência fascista. Assim como o bravo povo palestino, particularmente as mulheres, que seguem firmes lutando pela sua própria existência, pelos meios que se façam necessários contra um inimigo que é comum a nós, o imperialismo.

A solidariedade com esse povo se dá também na busca em aumentar nossas vozes em defesa dos valores humanos, da luta dos oprimidos, de combate às injustiças para além dos nossos próprios. É um caminho que precisamos urgentemente trilhar juntos, e não podemos titubear por nenhum instante quando os opositores fascistas, sionistas e que trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana para destruir e corromper no Congresso para os “podres poderes”, e estão se organizando intensamente.

Lembrando que essa luta é também parte da situação política nacional. Os alinhados da extrema-direita com o Bolsonaro refizeram e renovaram suas alianças publicamente na Paulista, dia 25/02/2024, quando o genocida beijou a bandeira do regime que massacrou mais de 30.000 vidas palestinas e está levando o restante a morte por inanição. Foi aplaudido e ovacionado por uma multidão que espelhava a mesma bandeira, formando assim uma espécie de pacto público sionista nazifascista e com apoio de vários políticos em cargos, dentre estes os governadores de SP, MG e GO.

Neste sentido, devemos avançar juntos e unidos, contra o fascismo, contra o imperialismo, e contra o Bolsonarismo que se declara explicitamente pró-“Israel”, ou seja, unificados em defesa dos nossos irmãos palestinos e sua luta contra a ocupação colonial, o massacre, o genocídio, enfim por libertação.

Vamos, nas ruas, nos locais de moradia, estudo e trabalho, defender a luta do povo palestino, denunciar a imprensa golpista que mente todos os dias diante do extermínio televisionado, exigir do governo Lula, que corretamente enfrentou os sionistas ao denunciar o genocídio, no que foi também atacado e caluniado, rompa relações com Estado de “Israel”, expulse o embaixador que faz política em nosso país contrariando as leis internacionais, por Palestina Livre, do rio ao mar!

Declaração de solidariedade ao PCO pelos acontecimentos no dia 8 de março de 2024

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