Conforme dados do Censo Escolar 2023, os alunos das escolas do Mato Grosso do Sul estão sendo privados de seu direito à assistência psicológica. Por outro lado, a presença de agentes do aparato de repressão da burguesia, privado ou público, é cada vez maior.
Foi constatado que apenas 16% das 1.789 escolas públicas e privadas do MS atuam com psicólogos, enquanto que a presença de guardas municipais ou seguranças privados foi registrada em 55,3% delas.
Apesar de o número de psicólogos nas escolas do Mato Grosso de Sul ter aumentado em relação ao ano de 2022, foi um aumento baixo: de apenas 2,4%, sendo que a maior presença se dá no Município de Paranhos (91,7%), enquanto que a menor foi registrada em Dourados (5,6%). Na capital, Campo Grande, há psicólogos em apenas 26,2% das escolas.
Quanto à presença dos Guardas Civis Municipais nas escolas públicas, a diminuição foi pequena, saindo de 57,9% para os atuais 55,3%. Em Angélica, em todas as escolas públicas (100%) há GCMs. O menor índice foi registrado na capital. Apesar disto, a presença de guardas foi verificada na maioria das escolas de Campo Grande (51,4%).
Apesar de a inclusão psicólogos e assistentes sociais nas escolas públicas ter sido aprovada no novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), a questão de como esses profissionais serão pagos está se mostrando um obstáculo, conforme o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira:
“Esses profissionais são importantes para as escolas públicas, para a educação e para a comunidade. Agora, esbarra em uma discussão de financiamento da folha de pagamento, se pode ou não entrar na verba da educação. Eles são bem-vindos, porém o pagamento deveria ser da seguridade social ou da saúde, porque eles são de outra formação”.